o homem sem a mulher...
"... estaria no tempo das cavernas, nem tomaria banho", afirmou o vereador Batista Borá, conforme publicado no jornal Correio Sudoeste. Tamanha reflexão surgiu por conta do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. A data estimulou, também, um bate-papo no bar, que convenceu um amigo sobre a importância dessa comemoração: "Tudo começou no século passado, em homenagem às operárias mortas dentro de uma fábrica nos EUA, num incêndio criminoso. Elas lutavam por melhores condições de trabalho, o que até hoje ensejaria uma briga justa." Com tal argumento, o amigo deixou de acreditar que o dia da mulher seria mais um fake do mundo capitalista para estimular o comércio, como o Natal e o Dia das Mães, por exemplo.
De volta à sessão da câmara, conheci com espanto e orgulho o projeto de Lei apresentado pela vereadora Cida Discini Sandroni (uma guerreira digna de menção por sua história de vida) que, infelizmente, ainda não foi aprovado. Ela quer impedir que os vereadores possam contratar assessores (verdadeiro projeto edílico, aprovado em 2012). O fato de nossa câmara contar com 13 (TREZE) vereadores, quando anteriormente eram nove ou dez, também deveria ser caso de objeção. Ainda, com a possibilidade de cada um contratar um assessor, a coisa fica bem mais séria (não se esqueça de que se trata do cofre público de uma cidade com supostamente cerca de 50 mil habitantes). Sou totalmente favorável ao veto, parabéns à vereadora pela iniciativa. E ao vereador João Fernando e outros, que compartilham a mesma ideia. A Câmara Municipal de Guaxupé deveria contar com o apoio de uma boa (e séria) assessoria de imprensa. E só.
Torço pelo fim dos maus-tratos aos animais, principalmente, aos domesticados por obra e força do homem. Porque acredito na evolução dos 86 bilhões de neurônios que compõem o cérebro humano. Enquanto houver vida, sempre haverá esperança. Mesmo que ainda exista, numa pequena cidade interiorana de cinco mil habitantes no sudoeste mineiro, São Pedro da União, um senhor metido à coronel fake, que sai rua afora envenenando animais (parafraseando o belo Ziah, "esse homem tá secando o meu sangue"). Poucos anos atrás, diversos cães amanheceram mortos na praça principal da cidade, a população denunciou, o fato virou notícia no telejornal, mas o criminoso, figura conhecida da cidade, continuou (e continua) impune. Sim, talvez, a maioria da população desconheça a Lei 9.605/98, que prevê multa e detenção de até dois anos (apenas) para quem cometer crime contra os animais. Poucas pessoas fazem valer esse direito, denunciando à polícia por meio de boletim de ocorrência, por desconhecimento da lei ou medo de se envolver. Principalmente, nas pequenas cidades, onde todos se conhecem e há possibilidades de represália.
Dias atrás, me diverti no facebook quando uma amiga professora se sentiu ultrajada com um banner da Prefeitura anunciando a criação de uma política pública para inibir a proliferação de andarilhos em Guaxupé. A braveza dela se deu por conta de um erro gramatical, especificamente, uma crase indevida em "à andarilhos": alguma coisa está fora da ordem. A verdade é que nossa querida língua portuguesa é muito maltratada, mais por descaso que por ignorância (creio). Isso causa um prejuízo real às (ou as) nossas vistas cansadas. Afinal, por que a escola ou a educação? Mais que gramática, a escola deve ensinar valores. Hoje, o caráter não é responsabilidade apenas da família (embora desta venha a maior influência). Certa vez, um amigo me perguntou, é rodí-z-io ou rodí-s-io? Na hora, respondi, anh? Nem eu, nem ninguém tem obrigação de saber a resposta de pronto (principalmente os vegetarianos, rs). Mas todos devem ter a humildade de aceitar a dúvida. Sim, a humildade é um valor nobre. As respostas prontas, frases feitas, grandes verdades ou fatos incontestáveis devem ser sempre questionados. É assim que evoluímos ou, pelo menos, aprendemos a manusear um dicionário.
A tempo, uma das chuvas da semana anterior causaram vendaval que arrancou uma das folhas de uma palmeira imperial defronte à câmara, causando estrago na rede elétrica no centro da cidade e um apagão temporário. O receio é que essas palmeiras, um cartão postal de Guaxupé, virem inimigo público número 1, assim como os animais abandonados e a nossa língua portuguesa.
Data: 19/03/2013, terça-feira
Cine Teatro 14 Bis de Guaxupé
Espaço CINECLUBE, entrada Gratuita
De volta à sessão da câmara, conheci com espanto e orgulho o projeto de Lei apresentado pela vereadora Cida Discini Sandroni (uma guerreira digna de menção por sua história de vida) que, infelizmente, ainda não foi aprovado. Ela quer impedir que os vereadores possam contratar assessores (verdadeiro projeto edílico, aprovado em 2012). O fato de nossa câmara contar com 13 (TREZE) vereadores, quando anteriormente eram nove ou dez, também deveria ser caso de objeção. Ainda, com a possibilidade de cada um contratar um assessor, a coisa fica bem mais séria (não se esqueça de que se trata do cofre público de uma cidade com supostamente cerca de 50 mil habitantes). Sou totalmente favorável ao veto, parabéns à vereadora pela iniciativa. E ao vereador João Fernando e outros, que compartilham a mesma ideia. A Câmara Municipal de Guaxupé deveria contar com o apoio de uma boa (e séria) assessoria de imprensa. E só.
Torço pelo fim dos maus-tratos aos animais, principalmente, aos domesticados por obra e força do homem. Porque acredito na evolução dos 86 bilhões de neurônios que compõem o cérebro humano. Enquanto houver vida, sempre haverá esperança. Mesmo que ainda exista, numa pequena cidade interiorana de cinco mil habitantes no sudoeste mineiro, São Pedro da União, um senhor metido à coronel fake, que sai rua afora envenenando animais (parafraseando o belo Ziah, "esse homem tá secando o meu sangue"). Poucos anos atrás, diversos cães amanheceram mortos na praça principal da cidade, a população denunciou, o fato virou notícia no telejornal, mas o criminoso, figura conhecida da cidade, continuou (e continua) impune. Sim, talvez, a maioria da população desconheça a Lei 9.605/98, que prevê multa e detenção de até dois anos (apenas) para quem cometer crime contra os animais. Poucas pessoas fazem valer esse direito, denunciando à polícia por meio de boletim de ocorrência, por desconhecimento da lei ou medo de se envolver. Principalmente, nas pequenas cidades, onde todos se conhecem e há possibilidades de represália.
Dias atrás, me diverti no facebook quando uma amiga professora se sentiu ultrajada com um banner da Prefeitura anunciando a criação de uma política pública para inibir a proliferação de andarilhos em Guaxupé. A braveza dela se deu por conta de um erro gramatical, especificamente, uma crase indevida em "à andarilhos": alguma coisa está fora da ordem. A verdade é que nossa querida língua portuguesa é muito maltratada, mais por descaso que por ignorância (creio). Isso causa um prejuízo real às (ou as) nossas vistas cansadas. Afinal, por que a escola ou a educação? Mais que gramática, a escola deve ensinar valores. Hoje, o caráter não é responsabilidade apenas da família (embora desta venha a maior influência). Certa vez, um amigo me perguntou, é rodí-z-io ou rodí-s-io? Na hora, respondi, anh? Nem eu, nem ninguém tem obrigação de saber a resposta de pronto (principalmente os vegetarianos, rs). Mas todos devem ter a humildade de aceitar a dúvida. Sim, a humildade é um valor nobre. As respostas prontas, frases feitas, grandes verdades ou fatos incontestáveis devem ser sempre questionados. É assim que evoluímos ou, pelo menos, aprendemos a manusear um dicionário.
A tempo, uma das chuvas da semana anterior causaram vendaval que arrancou uma das folhas de uma palmeira imperial defronte à câmara, causando estrago na rede elétrica no centro da cidade e um apagão temporário. O receio é que essas palmeiras, um cartão postal de Guaxupé, virem inimigo público número 1, assim como os animais abandonados e a nossa língua portuguesa.
Data: 19/03/2013, terça-feira
Cine Teatro 14 Bis de Guaxupé
Espaço CINECLUBE, entrada Gratuita
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