segue o seco
Queimadas, criminosas ou não, parecem (padecem) incontroláveis. Com tantas pesquisas por aí, por que ninguém descobre um meio de controlar esse fogo? Talvez pulverizando as áreas afetadas com um pó específico para essa finalidade, como muitos planadores costumavam derramar agrotóxicos nas plantações - não poluente, obviamente. Mas todos os anos, cada vez mais os incêndios dizimam áreas de preservação e florestas sem que o homem consiga inibir tais catástrofes. A paisagem remete ao inferno, o pulmão doi, os olhos ardem. A alma chora, ainda que não possa ver o sofrimento dos seres consumidos pelo fogo. Há os que agonizam por muito tempo antes de morrer. Não há hospitais veterinários para atender a demanda, nem que fosse ínfima. No Cazaquistão, milhares de saigas foram exterminadas por uma bactéria misteriosa (leia aqui). Esses antílopes, espécie em situação crítica, reciclam nutrientes no estepe árido prevenindo incêndios florestais alimentados por muita serrapilheira no chão. A demanda pelo chifre tem dizimado a população do animal na China. Este é só mais um triste exemplo de como a ganância humana interfere negativamente na ordem natural das coisas. Há milhares de exemplos, todos alardeados por cientistas e especialistas em meio ambiente. E os governos insistem em fazer acordos e protocolos a serem cumpridos daqui a dez, vinte ou trinta anos. Você realmente acredita que é possível haver qualidade de vida em 2020 sem uma mudança de valor e atitude, já?
A chuva de hoje amenizou a secura. Porém, os índices pluviométricos não têm se mostrado satisfatórios nem para encher reservatórios, quem dirá para combater incêndios. Punição severa aos causadores de queimadas; vigilância florestal permanente, principalmente em épocas de seca, para que o fogo não se alastre (e para penalizar os infratores); postos de socorro aos animais afetados por queimadas, e educação ambiental para que não se acumule lixo em áreas de preservação, estradas e outros espaços verdes, são exemplos de políticas públicas possíveis. E ainda há esperança, quando "não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez".
Segue o seco
* Trechos da reportagem Encontros e Desencontros, revista Página 22, edição 97.
A chuva de hoje amenizou a secura. Porém, os índices pluviométricos não têm se mostrado satisfatórios nem para encher reservatórios, quem dirá para combater incêndios. Punição severa aos causadores de queimadas; vigilância florestal permanente, principalmente em épocas de seca, para que o fogo não se alastre (e para penalizar os infratores); postos de socorro aos animais afetados por queimadas, e educação ambiental para que não se acumule lixo em áreas de preservação, estradas e outros espaços verdes, são exemplos de políticas públicas possíveis. E ainda há esperança, quando "não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez".
"A humanidade deveria mostrar responsabilidade por lugares e espécies, ser o 'mordomo' da continuidade da vida, cuidar da Terra como criação de Deus, ser responsável pelo bem comum e para as gerações futuras, promover uma visão de consumo de recursos menos predatória". (Acepção contemporânea do catolicismo. O cristianismo reúne 31,4% da população mundial)*
"Ao começar a olhar para nós mesmos e a vida que vivemos, podemos vir a reconhecer que a verdadeira solução para a crise ambiental começa em nós mesmos" (Budismo, 7% da população mundial)*
"A Terra é nossa mãe e todos nós somos seus filhos. A Terra alimenta, abriga e veste. Sem ela não nos é possível sobreviver. Se a humanidade, como filha, não cuidar dela, ela diminuirá sua capacidade de cuidar dos seres humanos". (Ditado hindu. 15% da população mundial é hinduísta)*
"Em virtude da nossa inteligência, o homem deveria ser a única criação de Deus com a responsabilidade global de manter o planeta no equilíbrio ecológico encontrado quando da criação da Terra". (Islamismo, 23,2% da população mundial)*
Segue o seco
* Trechos da reportagem Encontros e Desencontros, revista Página 22, edição 97.
Comentários