MÚSICA E MORTE


"Porque cantar parece com não morrer, é igual a não se esquecer que a vida é que tem razão", fala a letra de Enquanto engomo as calças, do cantor e compositor cearense Ednardo. É mais ou menos isto que sinto quando canto, "cantar canta uma esperança" e nos devolve uma emoção temporariamente esquecida, adormecida. Uma das minhas atividades prediletas é fazer "rodas" de música com amigos. Agora "ouça um bom conselho, eu não dou de graça, inútil dormir que a dor não passa": cante, pois quem canta, realmente, seus males espanta, nem que for somente no chuveiro. A maioria dos ditados populares é sábia. Como diria uma amiga, nem tudo que é velho é feio... Se você tem filho (a), incentive-o a estudar música, a cantar ou a tocar qualquer instrumento. Com o tempo ele vai colher muitos frutos.
Ontem, a noite parecia triste. Daí uma amiga insistiu pra eu sair: "foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos, que" eu topei e agradeço. Curti o "Nóis no Samba", na Leone, e dancei com Zé Raimundo, grande par. A madrugada de domingo foi particularmente alegre. A mãe de uma amiga está na UTI, com morte cerebral. Situação nada fácil. Por mais que compreendamos que nossa vida é uma passagem, não estamos preparados para as separações abruptas e, aparentemente, eternas: "a saudade é dor pungente, a saudade mata a gente". Mas espantamos a tristeza com música, pois "se eu tivesse mais alma pra dar eu daria. Isso, pra mim, é viver".



Caetano Cury elogiou o trabalho que Silvio Reis e eu estamos realizando no Correio. Bem, foi uma troca de elogios, pois eu gosto muito do trabalho que ele e Priscila desenvolvem na Rádio Comunitária (www.87fm.com.br). E quem é que não gosta ou precisa de elogios? Tanto as críticas positivas quanto as negativas, se bem-intencionadas, são construtivas. Também foi legal encontrar os meninos do Beerock (Fabinho, Manoel, André e Carlos Henrique) e saber que gostaram da matéria publicada no último Acontece.
Na próxima postagem irei transcrever um texto da Regina Scharf, publicado na revista Página 22, sobre os Freegans, muito interessante.

Cena: o cachorro conhecido como Brancão ou Clube marcou presença. Quem souber de uma chácara ou sítio onde ela possa morar, favor entrar em contato.

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