FANTASMAS

Adiantando minha post da semana, hoje poderia abordar diversos assuntos: a Céu ter citado Guaxupé numa cena qualquer da novela; Salvatore Cacciola, aquele do Banco Marka, preso por crimes financeiros, que possivelmente pediu lagosta e salmão na prisão; ou sobre as 2 supostas luas no céu de amanhã, 27; ou até, quem sabe, falar sobre o filme O vôo da Fênix, da Tela Quente da Globo; melhor que isso, política guaxupeana... Só tomando um Dreher, rs

Fui salva por um e-mail do Alysson Fernandes, com este poema:

ENQUANTO ELA RANGE OS DENTES
EU ESPERO OS FANTASMAS

Os fantasmas bebem comigo quando a lua vem
Eu abro a minha porta todas as noites
Eles aparecem e se apropriam das poltronas
coçam meus pés e bebem meu vinho
Não falam da vida os fantasmas
nem comentam as fotos que guardei
Eu me sinto bem com os fantasmas
Eles apenas gostam de ficar por alí
assoprando nas orelhas do cachorro
o cachorro se acostumou com os fantasmas
já não tira os chinelos das poltronas
percebeu o quanto os fantasmas são
importantes pra mim e o cachorro também
não quer me ver triste e eu sei que de
uns tempos pra cá o cachorro também ficou
dependente deles pois uiva de dia enquanto
eu leio Frost no telhado
o dia passou a ter 72 horas
o dia passou a ter grossos livros de poesia
o dia passou a ter Whitman, Thoreau e Bashô
o dia agora é um osso esquecido no assoalho
o dia agora é uma longa espera da noite
que é quando os fantasmas aparecem
Eu espero já sem muita paciência
não há nenhuma suavidade ou delicadeza em meus gestos
os fantasmas são a melhor companhia pra
quem descobriu que está realmente sozinho.
(Mário Bortolotto)


Eu curto esse cara, ele tem uma sensibilidade canina e está sempre acompanhado de um cachorro (http://atirenodramaturgo.zip.net/). Aliás, fantasmas e cães podem ser muito interessantes se aprendermos com eles... Mas quem é a mulher que range os dentes, fantasma, também??

Muitas vezes me perco pelos caminhos, esqueço coisas, acontecimentos e pessoas que não deveria. Tento, em vão, ser mais terra, mas sou puro ar. Daí a importância deste e-mail, oportunidade de resgatar poetas esquecidos, como Henry David Thoreau. Um de seus trechos foi repetido em todo mundo na produção cinematográfica Sociedade dos Poetas Mortos: "Eu fui à Floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida... expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido".

Fantasmas são livres? Carrego comigo este medo. Gostaria de levar ao pé da letra o termo Carpe diem, ou seja, aproveite a vida porque ela é curta! O poeta americano Thoreau era panteísta, acreditava que era essencial para os mortais a união com o divino, presente nos diversos elementos da natureza. É mais ou menos assim que nos sentimos após o último espetáculo da lua cheia incrementado pelo eclipse. Nós, numa "montanha", embaladas pelo vento sob a luz do luar nos sentimos vivas, livres, integradas à natureza. O grande desafio é transportar e manter essas sensações no dia-a-dia.


Singela homenagem à querida amiga Lola, que aniversaria no próximo 28. Tudo de bom, Lolícia!

No próximo Acontece, reportagem sobre a Academia de Comércio São José, por onde passaram, desde 1914, cerca de 9 mil alunos. E a história de Augusto (Gustão) Gonçalves, filho de imigrantes portugueses, que se tornou um ícone do comércio local com a Sapataria União.


Vem aí, Guaxinho, o mascote da Guaxu SOS Animal!

Comentários

fABiN disse…
Ué... agora que eu vi.

O mascote é uma Raposa??
bisteca disse…
rs, é um guaxinim, conhece?
a gente achou que esse bicho tem cara de super-herói, por causa da máscara, manja? rs
também queremos, futuramente, ampliar nosso trabalho de proteção para todos os animais, quando a situação dos domesticados estiver controlada, claro...
esta semana nosso primeiro gibi educativo sai do forno. precisamos de voluntários pra visitar as escolas e conversar com os alunos. topas??

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