je suis brasileiro
Todo fanatismo gera polêmica porque não combina com nenhum contexto. Ainda mais quando esse contexto envolve charges e cartuns, que não combinam com violência. Uma pessoa pode até discordar do que vê ou ouve, mas a resposta sempre deveria retornar na mesma moeda, a exemplo da lei de talião, "dente por dente, olho por olho", ou seja, humor com humor se paga. Bem, sempre há controvérsias. Jesus, por exemplo, preferiu dar a outra face ao levar um tapa. Pensei que seria possível um descanso d'alma nesse início de ano, quem sabe, talvez, por todo 2015. Que não fosse tão sangrento quanto 2014. Mas começou mal, muito mal. Ontem, 7, o ataque terrorista que matou editores e cartunistas do jornal francês Charlie Hebdo abalou o mundo. A crescente expressão de grupos extremistas no Oriente Médio, África e Afeganistão, com o destaque para as atrocidades do Estado Islâmico em 2014, põem em xeque a democracia. As respostas da imprensa e de movimentos cidadãos, em diferentes sotaques, idiomas e cores, demonstram que, se preciso for, haverá guerra para defender a liberdade de expressão. A morte dos jornalistas franceses não será em vão. Nenhum cartunista ou jornalista haverá de se intimidar. Todos estão dispostos à luta, armados com seus lápis, mãos e mentes habilidosos. Por essa coragem, têm minha humilde solidariedade, valor totalmente adequado ao contexto atual.
Uma humanidade sustentável se faz com homens sábios e corajosos. Senão, qual seria seu destino? Aqui no Brasil, a despeito de atitudes isoladas como a do rapaz que entrou numa escola do Rio atirando em jovens e crianças, a desgraça soa normal. Diariamente, pessoas são vítimas de balas perdidas, estupros e outras violências inexplicáveis. Diariamente. O Calvin, certamente, choraria por nós. Aliás, pelos milhares de mortos e inocentes da guerra civil na Síria; do tráfico de drogas na América Latina; da exploração de diamantes na África; pelos desastres ambientais que dizimam a biodiversidade do planeta; pelos maus-tratos aos animais; pelas crianças vítimas de guerras por todo o globo terrestre, entre outras pragas especificamente humanas. A cinqüentona Mafalda, do Quino, não poderia ficar de fora dessa:
Je suis brasileira e não desisto nunca de acreditar que a humanidade tem potencial para criar um mundo melhor. Vida longa a esses inventivos criadores e suas criaturas maravilhosas!
Veja as charges mais polêmicas do Charlie Hebdo.
"Mulher barriguda que vai ter menino / qual o destino que ele vai ter / o que será dele quando crescer? / Haverá guerra ainda? / Tomara que não / mulher barriguda, tomara que não"
(Secos e Molhados)
Uma humanidade sustentável se faz com homens sábios e corajosos. Senão, qual seria seu destino? Aqui no Brasil, a despeito de atitudes isoladas como a do rapaz que entrou numa escola do Rio atirando em jovens e crianças, a desgraça soa normal. Diariamente, pessoas são vítimas de balas perdidas, estupros e outras violências inexplicáveis. Diariamente. O Calvin, certamente, choraria por nós. Aliás, pelos milhares de mortos e inocentes da guerra civil na Síria; do tráfico de drogas na América Latina; da exploração de diamantes na África; pelos desastres ambientais que dizimam a biodiversidade do planeta; pelos maus-tratos aos animais; pelas crianças vítimas de guerras por todo o globo terrestre, entre outras pragas especificamente humanas. A cinqüentona Mafalda, do Quino, não poderia ficar de fora dessa:
Je suis brasileira e não desisto nunca de acreditar que a humanidade tem potencial para criar um mundo melhor. Vida longa a esses inventivos criadores e suas criaturas maravilhosas!
Veja as charges mais polêmicas do Charlie Hebdo.
Comentários