QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ
Hoje é sábado de carnaval. Neste finds, saiu no Acontece um pequeno texto meu sobre voluntariado e filantropia. O mundo não está pior por causa das atitudes de muitas pessoas anônimas que se preocupam com o bem-estar do próximo e do Planeta. Mas uma curiosidade me acompanha, desde que entrevistei Vanilda, a grávida ganhadora de um kit para recém-nascido. É o segundo que ela ganha. O primeiro foi para o filho caçula, de 4 anos. Vanilda tem apenas 30 anos e já passou por 5 cesárias. Perdeu 2 filhos. Atualmente, a caminho da 6ª cirurgia, me contou que pediu para fazer laqueadura pelo SUS, mas não conseguiu autorização. Disse ainda que se pagar 55 reais, o médico fará esta operação para ela. Um dia, uma ginecologista me falou que pararam de fazer esterilizações cirúrgicas pelo SUS porque muitas mulheres jovens entravam com processos pedindo indenizações, dizendo não terem autorizado a cirurgia. Preciso checar todas as informações possíveis, para não ser leviana. Mas muito me choca num país como o Brasil não haver processos eficientes para legalizar esses procedimentos, fundamentais para conter o avanço da pobreza e da miséria. Juntamente, lógico, com campanhas educativas continuadas. Muitas vezes sinto vergonha das atitudes humanas...
... Como neste carnaval. Ontem, caminhando pelo centro de Guaxupé, ajudei a recolher algumas garrafas de cerveja quebradas nos passeios, com cacos que poderiam provocar acidentes. No percurso, algumas lixeiras querendo ser usadas. Nos "barracões", um ao lado do outro, músicas diversificadas excessivamente altas, provocando uma poluição sonora desagradável. Aqui, impera o funk. Daí me deu uma nostalgia dos tempos de adolescente, quando os amigos eram verdadeiros e o samba inda era na rua...
Olha que linda música do eterno Chico:
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Quando o samba começava, você era a mais brilhante
E se a gente se cansava, você só seguia adiante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
O meu samba se marcava na cadência dos seus passos
O meu sono se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza porque foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade, por favor não dê na vista
Bate palmas com vontade, faz de conta que é turista
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
... Como neste carnaval. Ontem, caminhando pelo centro de Guaxupé, ajudei a recolher algumas garrafas de cerveja quebradas nos passeios, com cacos que poderiam provocar acidentes. No percurso, algumas lixeiras querendo ser usadas. Nos "barracões", um ao lado do outro, músicas diversificadas excessivamente altas, provocando uma poluição sonora desagradável. Aqui, impera o funk. Daí me deu uma nostalgia dos tempos de adolescente, quando os amigos eram verdadeiros e o samba inda era na rua...
Olha que linda música do eterno Chico:
Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala
Você era a favorita onde eu era mestre-sala
Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua
Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Quando o samba começava, você era a mais brilhante
E se a gente se cansava, você só seguia adiante
Hoje a gente anda distante do calor do seu gingado
Você só dá chá dançante onde eu não sou convidado
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
O meu samba se marcava na cadência dos seus passos
O meu sono se embalava no carinho dos seus braços
Hoje de teimoso eu passo bem em frente ao seu portão
Pra lembrar que sobra espaço no barraco e no cordão
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Todo ano eu lhe fazia uma cabrocha de alta classe
De dourado eu lhe vestia pra que o povo admirasse
Eu não sei bem com certeza porque foi que um belo dia
Quem brincava de princesa acostumou na fantasia
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade, por favor não dê na vista
Bate palmas com vontade, faz de conta que é turista
Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
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