FOTOGRAFIAS
Dia 19 de agosto é comemorado o Dia da Mundial da Fotografia, lembrou-me a amiga Bia pelo orkut. Espero que ninguém me recrimine por recorrer ao tema 1 dia depois... Mas, hoje, particularmente, estou sem assunto. Falar das Olimpíadas, do acidente de avião que matou mais de 150 pessoas em Madrid, dos paramilitares que aterrorizam moradores das áreas carentes do Rio e São Paulo?
Foi numa manhã, mais precisamente no dia 19 de agosto de 1839, que a fotografia se tornou de domínio público em território francês. O anúncio oficial foi feito na Academia de Ciências e Artes de Paris, pelo físico François Arago, que explicou para uma platéia espantada os detalhes do novo processo desenvolvido por Louis Jacques Daguerre. O físico apresentava e doava ao mundo o daguerreótipo.
Naquele momento o ato parecia uma mágica. Uma caixa escura, ferramenta capaz de captar e fixar numa superfície o mundo “real”. Dizem as lendas que em seguida à cerimônia várias pessoas saíram as ruas em busca de uma máquina de fazer daguerreótipos e essa vontade de produzir imagens nunca mais cessou.
Daguerre não perdeu tempo. Antes de doar seu invento a França já havia patenteado o mesmo nas Ilhas Britânicas, Estados Unidos e nos quatro cantos do mundo. “De hoje em diante, a pintura está morta” declarava o pintor Paul Delaroche. Nos círculos mais conservadores e nos meios religiosos da sociedade, “a invenção foi chamada de blasfêmia, e Daguerre era condecorado com o título de “Idiota dos Idiotas””. O pintor Ingres, ainda que utilizasse os daguerreótipos de Nadar para executar seus retratos, menosprezava a fotografia, como sendo apenas um produto industrial, e confidenciava: “a fotografia é melhor do que o desenho, mas não é preciso dizê-lo”.
(Enio Leite)
Imagens despretensiosas que capturei em algumas andanças por Guaxupé (se fossem índios, eu teria mais dificuldade, né, Léo?).
Pra mim, fotografia e desenho não têm comparação, mesmo ambos sendo (ou não) cópias da realidade. A foto jamais tirou o brilho da pintura, como a internet não irá acabar com as publicações impressas (a não ser que acabemos primeiro com nossas florestas...). Particularmente, adoro desenhos e ilustrações, quando bem elaborados, verdadeiras obras de arte. O que dizer da sensibilidade de Sebastião Salgado, Araquém Alcântara, Cartier Bresson, entre outros fotógrafos fan-tás-ti-cos? Eu não sei quanto à você mas, às vezes, considero as palavras totalmente desnecessárias.
"Quem não gosta de samba, bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé" Brincadeirinha, rs, sem radicalismos. Verdade seja dita, quem gosta do estilo musical não pode perder as apresentações do Ministério do Samba (aqui, Washington, Rafael e Tom, no Araújo's).
Comentários
Quando vi, fiquei confundida..nao sabia que olhar utilizaria para analisar tal obra....a de quem ve uma foto ou de quem olha uma pintura.....
Lendo o blog, lembrei desta impressao e sensacao que tive e cheguei a conclusao de que deve ter sido bastante confuso naquela epoca para as pessoas entenderem a linguagem da foto...tanto que precisaram imita-la atraves do recurso que estavam acostumados.
Nao sei se olho aquelas obras com admiracao pela perfeicao ou com indignacao pela falta de criatividade...pois fico imaginando o pintor tentando copiar alguma foto, se limitando as linhas impressas naquele papel e nao as captadas pela sua emocao e percepcao.
O que sei eh que sou melhor fotografa que pintora!
Beijos
Rosane
mas até numa cópia, o artista deixa impresso na obra sua visão, que pode ou não agradar. Mas a obra de arte é livre de julgamentos, ela fala por si, acho que simplesmente é. Nasce do impulso criativo do artista, that's all.
Faço desenhos em grafite baseados em fotos...cópias. E quando eles ficam bons, bonitos, afirmo a todos que tenho muita emoção. Apesar de copiar, você tem que captar alguma coisa da foto (principalmente se for de uma pessoa) para o desenho ficar bom. Todo mundo tem uma característica que se expressa por si mesma. E a grande emoção, é apreender esta característica e...”copiá-la”.
Não estou discutindo técnicas (sou meio autoditada). Mas acredito que passar para o papel, meio que a essência de alguém, através de traços...é muito emocionante...e não uma questão de dignidade.
Com todo o respeito,
Léslie