NO COLO DA MÃE NATUREZA
Estou tentando ler Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés, sobre as profundezas da psique feminina. Confesso que é uma leitura complicada, excetuando os contos. Toda mulher carrega dentro de si a loba ou "aquela que sabe" ou, simplesmente, intuição. Porém, nos descompassos da realidade, deixamos de estimular nossa intuição e, de repente, ela está enferrujada, "encarquilhada, coitadinha"... Sabe aquela coisa de uivar pra lua cheia? Outro dia, descobri que muitas mulheres sentem esse desejo incontrolável, daí me senti tão comum... rs
"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."
Em Guaxupé, a psicóloga Raquel Ricciardi vai fazer um grupo de estudos sobre os 19 contos desse livro. Contato: raquelricciardi@uol.com.br
Tel.: 3551-3530
Las lobas: Kátia, Mila e Milene. Ah, claro, e Anésia, a mais baixinha.
Quando fumante, eu jogava biras de cigarro nas ruas, talvez, confesso rubramente, até as embalagens; no inverno, deixava a água cair do chuveiro para esquentar o banheiro; gostava da natureza e das sensações que ela me proporcionava mas nunca pensava sobre a sua finitude. Aliás, atualmente, a finitude de tudo me faz pensar... "Estou no colo da mãe natureza, ela toma conta da minha cabeça é que eu sei que não adianta mesmo a gente chorar, a mamãe não dá sobremesa" (Rita Lee - Tratos à bola).
Atualmente, sou uma ecochata, ou quase, não fico recriminando abertamente ninguém, mas acho um saco as pessoas não se tocarem que o mundo está superpovoado e que, se cada um não fizer sua parte, nossos descendentes ou nós mesmos vamos nos afundar no lixo. O plástico demora sei lá quantos mil anos pra se decompor. Produzimos individualmente toneladas anuais de lixo. Na maioria dos povoados brasileiros, a merda humana ainda é despejada nos rios. Quando teremos em Guaxupé um lixão devidamente cercado para evitar a contaminação de animais que se alimentam de material em decomposição e, depois, saindo de lá, transmitem doenças para outros animais? Aliás, e o bem-estar desses pobres animais, talvez um cemitério específico para eles? Seria mais civilizado... Quando teremos coleta seletiva de lixo efetiva, com infra-estrutura adequada? Vocês sentem o cheiro do fio de cobre sendo produzido? E as queimadas de cana-de-açúcar? Que vergonha! O rio Guaxupé e seus afluentes, sem mata ciliar, quase todos viraram córregos e/ou depósito de sujeiras diversas. E a captação de água da Copasa, que abastece a cidade, recebe essa água repleta de agrotóxico e outros venenos. Ai, ai...
Andréia e Zé Messias, garis.
Nesta semana, o título da reportagem no Acontece é Por uma cidade mais humana, para homenagear os 96 anos de Guaxupé. Entrevistei garis, doméstica, dona-de-casa e enfermeira. Cada um, a sua maneira, contribuindo por uma cidade melhor, um verdadeiro presente de aniversário, em meio a briguinhas nas ruas, fofocas, vaidades, disputas pelo poder, conchavos, dissimulações, etc. etc. etc. Zé Messias, 64, trabalha como varredor de rua há 8 anos, mesmo estando aposentado. Vai trabalhar enquanto tiver saúde, diz sorrindo da própria humildade... Conta que nossos bueiros têm muito escorpião, barata e rato, nossas ruas estão repletas de animais domésticos machucados e doentes. E tem muita gente jogando mais sujeira nos bueiros. Cadê nosso espírito de cidadão que assiste a tudo passivamente, com preguiça de agir? Atitudes isoladas são bem-vindas, mas muito lentas, como descreve Madalena, ajudam "a passo de formiguinha".
Colabore com a causa animal comprando pizzas da Madalena (foto), 12 reais: Mozarela, Mozarela e Presunto, Calabresa. Disque: 3551-2498.
Enquanto isso, dia 04.06, nas comemorações do aniversário, os alunos da Interativa vão apresentar, no Clube Guaxupé, o espetáculo "A lição sabemos de cor, só nos resta aprender", bem dentro desse atual contexto. No repertório, muitas músicas bacanas, com a participação de vários integrantes do Afroilê. Os alunos foram ensaiados pelo Tom Orlando (foto), graaande companheiro. Entrada franca, apareça por lá...
Será que essa nostalgia, esse amor à natureza, são inerentes à alma feminina?
"Ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino, se Deus é menina e menino, sou masculino e feminino" (Pepeu Gomes)
1º Rancho das lobas, na casa da Milene, no último sábado. Dia 30 é aniversário da meiga e querida Angelina (centro, com "o" cachecol).
Pra Gê, votos de felicidades e amor em nome de todos os vira-latas que a amam. Beijos!!!
"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."
Em Guaxupé, a psicóloga Raquel Ricciardi vai fazer um grupo de estudos sobre os 19 contos desse livro. Contato: raquelricciardi@uol.com.br
Tel.: 3551-3530
Las lobas: Kátia, Mila e Milene. Ah, claro, e Anésia, a mais baixinha.
Quando fumante, eu jogava biras de cigarro nas ruas, talvez, confesso rubramente, até as embalagens; no inverno, deixava a água cair do chuveiro para esquentar o banheiro; gostava da natureza e das sensações que ela me proporcionava mas nunca pensava sobre a sua finitude. Aliás, atualmente, a finitude de tudo me faz pensar... "Estou no colo da mãe natureza, ela toma conta da minha cabeça é que eu sei que não adianta mesmo a gente chorar, a mamãe não dá sobremesa" (Rita Lee - Tratos à bola).
Atualmente, sou uma ecochata, ou quase, não fico recriminando abertamente ninguém, mas acho um saco as pessoas não se tocarem que o mundo está superpovoado e que, se cada um não fizer sua parte, nossos descendentes ou nós mesmos vamos nos afundar no lixo. O plástico demora sei lá quantos mil anos pra se decompor. Produzimos individualmente toneladas anuais de lixo. Na maioria dos povoados brasileiros, a merda humana ainda é despejada nos rios. Quando teremos em Guaxupé um lixão devidamente cercado para evitar a contaminação de animais que se alimentam de material em decomposição e, depois, saindo de lá, transmitem doenças para outros animais? Aliás, e o bem-estar desses pobres animais, talvez um cemitério específico para eles? Seria mais civilizado... Quando teremos coleta seletiva de lixo efetiva, com infra-estrutura adequada? Vocês sentem o cheiro do fio de cobre sendo produzido? E as queimadas de cana-de-açúcar? Que vergonha! O rio Guaxupé e seus afluentes, sem mata ciliar, quase todos viraram córregos e/ou depósito de sujeiras diversas. E a captação de água da Copasa, que abastece a cidade, recebe essa água repleta de agrotóxico e outros venenos. Ai, ai...
Andréia e Zé Messias, garis.
Nesta semana, o título da reportagem no Acontece é Por uma cidade mais humana, para homenagear os 96 anos de Guaxupé. Entrevistei garis, doméstica, dona-de-casa e enfermeira. Cada um, a sua maneira, contribuindo por uma cidade melhor, um verdadeiro presente de aniversário, em meio a briguinhas nas ruas, fofocas, vaidades, disputas pelo poder, conchavos, dissimulações, etc. etc. etc. Zé Messias, 64, trabalha como varredor de rua há 8 anos, mesmo estando aposentado. Vai trabalhar enquanto tiver saúde, diz sorrindo da própria humildade... Conta que nossos bueiros têm muito escorpião, barata e rato, nossas ruas estão repletas de animais domésticos machucados e doentes. E tem muita gente jogando mais sujeira nos bueiros. Cadê nosso espírito de cidadão que assiste a tudo passivamente, com preguiça de agir? Atitudes isoladas são bem-vindas, mas muito lentas, como descreve Madalena, ajudam "a passo de formiguinha".
Colabore com a causa animal comprando pizzas da Madalena (foto), 12 reais: Mozarela, Mozarela e Presunto, Calabresa. Disque: 3551-2498.
Enquanto isso, dia 04.06, nas comemorações do aniversário, os alunos da Interativa vão apresentar, no Clube Guaxupé, o espetáculo "A lição sabemos de cor, só nos resta aprender", bem dentro desse atual contexto. No repertório, muitas músicas bacanas, com a participação de vários integrantes do Afroilê. Os alunos foram ensaiados pelo Tom Orlando (foto), graaande companheiro. Entrada franca, apareça por lá...
Será que essa nostalgia, esse amor à natureza, são inerentes à alma feminina?
"Ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino, se Deus é menina e menino, sou masculino e feminino" (Pepeu Gomes)
1º Rancho das lobas, na casa da Milene, no último sábado. Dia 30 é aniversário da meiga e querida Angelina (centro, com "o" cachecol).
Pra Gê, votos de felicidades e amor em nome de todos os vira-latas que a amam. Beijos!!!
Comentários
Um grande Bjo!!
hahahaha
não sou boba não, mas tão querendo que nossos encontros sejam mensais, tô achando muito pouco, assim não vai rolar... então, hoje não teve yakissoba, snif, snif...
espero que vc esteja comemorando muito seu niver, bjs