LITERATURA, PINTURA E MÚSICA
2 notícias que sairão no próximo Acontece. A partir de novembro, voltarei aos causos de "minha história".
Guaxupeano narra suas memórias da FEB
(Recebi este livro em casa há umas 2 semanas. Mais recentemente, ao folhear suas páginas, percebi a emoção contida em cada palavra do autor, guaxupeano ausente, que com 87 anos consegue perceber apenas poesia e saudade na sua querida terra natal)
Como afirmou Monteiro Lobato, “um país se faz com homens e livros”. Foi pensando assim que Vicente Pedroso da Cruz, 87, veterano da 2ª Guerra Mundial lançou, em São Paulo, dia 27.09, "Os Caminhos de um Pracinha". O livro, produzido pelo próprio autor, sem o apoio de uma editora, narra suas memórias da FEB (Força Expedicionária Brasileira) durante a campanha italiana, entre 1944 e 1945.
Vicente Pedroso da Cruz, radicado em São Paulo, é natural de Guaxupé, filho do casal de padeiros seo Sebastião e dona Nicota. Na infância, auxiliou os pais entregando pães. Depois, exerceu o ofício de sapateiro para custear seus estudos na Academia de Comércio São José, onde se diplomou contador na turma de 1943, “já convocado e servindo no Exército”.
De acordo com o historiador César Campiani Maximiano, que assina a Introdução da obra, o ex-pracinha guaxupeano “efetuou o assombroso número de 45 missões de patrulha na terra de ninguém”, e esteve na vanguarda dos mais conhecidos episódios da FEB: do ataque a Barga, em outubro de 1944; dos assaltos a Monte Castello, passagem em que seu pelotão foi alvejado por tiros diretos de carros de combate alemães; seu batalhão sofreu o maior número de mortos dentre todos os regimentos da FEB que participaram da tomada de Montese.
Em vários momentos da narrativa, o escritor demonstra seu amor à terra natal. Em uma página, foto grande com a legenda “a linda catedral de Guaxupé”, em outra, da sua formatura na Academia. No primeiro capítulo, “Convocação para o Exército”, um pouco da história da nossa gente nas primeiras décadas do século passado.
Para adquirir este livro, entre em contato com Lúcia:
marmediter@hotmail.com
ALGUMAS LEMBRANÇAS MARCANTES
“...Primeiro, a Revolução de 1924: eu estava em um carrinho de entrega de pão quando, em virtude do toque da corneta de uma tropa que passava pela Rua dos Macedos, o cavalo refugou, obrigando um velho amigo de meu pai – Sr. Manoel Ascar – a me retirar ali de cima, corajosamente, enquanto meu pai tinha as suas mãos ensangüentadas, ao deter o animal espantado.
Logo depois veio a Revolução de 1930, que apavorou a gente simples da cidade, fazendo com que muitos fugissem de suas casas para as roças, passando até privações. Atitude essa muitas vezes desnecessária, mas compreensível, pelo mal-estar que tais movimentos provocam.
..., lembrava-me, sem esconder um riso incontido, do dia em que apareceu, no céu de Guaxupé, um pequeno avião, provocando um grande pânico em muitas famílias vizinhas, fazendo com que muitas delas fugissem de qualquer jeito, no rumo do cafezal do Seminário, com suas trouxas de roupas ou coisas catadas de última hora.
... Lá pelos meus 5 ou 6 anos, restabelecendo-me de um sarampo brabo, da porta de casa, na Rua Tiradentes, eu me deliciava em ver o velho Ângelo Bertoni a cuidar de sua parreira de uvas, cuja casa dava os fundos para a minha rua. Daí fui crescendo, cada vez mais em contato com as pessoas da grande família italiana, que compunham a nossa comunidade. Era impossível passar pela sapataria do Sr. Gigliotti sem um dedo de prosa, tamanho o carinho que o bom italiano nos dispensava.
... Nos meus 16 anos, fui empregado dos Giunti... Sempre nos reuníamos para uma conversa em torno do velho pai, seo Chico (Francisco Giunti), ouvíamos gostosas histórias de experiências vividas em sua Itália... Considero e relembro estas coisas porque, realmente, contaram na minha vivência para suportar as durezas da guerra.”
(Vicente Pedroso da Cruz)
Lik expõe em São Paulo
De 17 a 22.10, a artista plástica Lik (Ana Elisa Leite Ribeiro) participou da Chapel Art Show, na Chácara Flora, em São Paulo, exposição de artes organizada pela Chapel School. Foi a primeira vez que a artista guaxupeana expôs seus trabalhos elaborados com tinta acrílica num evento do gênero. A temática das telas, com cores vibrantes, aborda diversos costumes da vida interiorana. “Foi muito emocionante ver meu trabalho exposto junto com artistas contemporâneos de talento, como Bia Black, Renata Egreja, entre outros. Fiquei animada pra realizar, futuramente, uma exposição em Guaxupé”, relata Lik.
Telas da Lik expostas na Chapel Art Show.
3 bandas de Guaxupé que conheço e curto vão tocar no Motofest que começa nesta sexta: Seven Keys, Malkavianos (sexta, a partir das 21h) e UDJC (17h do sábado).
Toda a programação do evento vc pode conferir no http://beerock2.zip.net/
E, ainda, de quebra, apreciar uma foto exótica, com som bem duvidoso... rs
Guaxupeano narra suas memórias da FEB
(Recebi este livro em casa há umas 2 semanas. Mais recentemente, ao folhear suas páginas, percebi a emoção contida em cada palavra do autor, guaxupeano ausente, que com 87 anos consegue perceber apenas poesia e saudade na sua querida terra natal)
Como afirmou Monteiro Lobato, “um país se faz com homens e livros”. Foi pensando assim que Vicente Pedroso da Cruz, 87, veterano da 2ª Guerra Mundial lançou, em São Paulo, dia 27.09, "Os Caminhos de um Pracinha". O livro, produzido pelo próprio autor, sem o apoio de uma editora, narra suas memórias da FEB (Força Expedicionária Brasileira) durante a campanha italiana, entre 1944 e 1945.
Vicente Pedroso da Cruz, radicado em São Paulo, é natural de Guaxupé, filho do casal de padeiros seo Sebastião e dona Nicota. Na infância, auxiliou os pais entregando pães. Depois, exerceu o ofício de sapateiro para custear seus estudos na Academia de Comércio São José, onde se diplomou contador na turma de 1943, “já convocado e servindo no Exército”.
De acordo com o historiador César Campiani Maximiano, que assina a Introdução da obra, o ex-pracinha guaxupeano “efetuou o assombroso número de 45 missões de patrulha na terra de ninguém”, e esteve na vanguarda dos mais conhecidos episódios da FEB: do ataque a Barga, em outubro de 1944; dos assaltos a Monte Castello, passagem em que seu pelotão foi alvejado por tiros diretos de carros de combate alemães; seu batalhão sofreu o maior número de mortos dentre todos os regimentos da FEB que participaram da tomada de Montese.
Em vários momentos da narrativa, o escritor demonstra seu amor à terra natal. Em uma página, foto grande com a legenda “a linda catedral de Guaxupé”, em outra, da sua formatura na Academia. No primeiro capítulo, “Convocação para o Exército”, um pouco da história da nossa gente nas primeiras décadas do século passado.
Para adquirir este livro, entre em contato com Lúcia:
marmediter@hotmail.com
ALGUMAS LEMBRANÇAS MARCANTES
“...Primeiro, a Revolução de 1924: eu estava em um carrinho de entrega de pão quando, em virtude do toque da corneta de uma tropa que passava pela Rua dos Macedos, o cavalo refugou, obrigando um velho amigo de meu pai – Sr. Manoel Ascar – a me retirar ali de cima, corajosamente, enquanto meu pai tinha as suas mãos ensangüentadas, ao deter o animal espantado.
Logo depois veio a Revolução de 1930, que apavorou a gente simples da cidade, fazendo com que muitos fugissem de suas casas para as roças, passando até privações. Atitude essa muitas vezes desnecessária, mas compreensível, pelo mal-estar que tais movimentos provocam.
..., lembrava-me, sem esconder um riso incontido, do dia em que apareceu, no céu de Guaxupé, um pequeno avião, provocando um grande pânico em muitas famílias vizinhas, fazendo com que muitas delas fugissem de qualquer jeito, no rumo do cafezal do Seminário, com suas trouxas de roupas ou coisas catadas de última hora.
... Lá pelos meus 5 ou 6 anos, restabelecendo-me de um sarampo brabo, da porta de casa, na Rua Tiradentes, eu me deliciava em ver o velho Ângelo Bertoni a cuidar de sua parreira de uvas, cuja casa dava os fundos para a minha rua. Daí fui crescendo, cada vez mais em contato com as pessoas da grande família italiana, que compunham a nossa comunidade. Era impossível passar pela sapataria do Sr. Gigliotti sem um dedo de prosa, tamanho o carinho que o bom italiano nos dispensava.
... Nos meus 16 anos, fui empregado dos Giunti... Sempre nos reuníamos para uma conversa em torno do velho pai, seo Chico (Francisco Giunti), ouvíamos gostosas histórias de experiências vividas em sua Itália... Considero e relembro estas coisas porque, realmente, contaram na minha vivência para suportar as durezas da guerra.”
(Vicente Pedroso da Cruz)
Lik expõe em São Paulo
De 17 a 22.10, a artista plástica Lik (Ana Elisa Leite Ribeiro) participou da Chapel Art Show, na Chácara Flora, em São Paulo, exposição de artes organizada pela Chapel School. Foi a primeira vez que a artista guaxupeana expôs seus trabalhos elaborados com tinta acrílica num evento do gênero. A temática das telas, com cores vibrantes, aborda diversos costumes da vida interiorana. “Foi muito emocionante ver meu trabalho exposto junto com artistas contemporâneos de talento, como Bia Black, Renata Egreja, entre outros. Fiquei animada pra realizar, futuramente, uma exposição em Guaxupé”, relata Lik.
Telas da Lik expostas na Chapel Art Show.
3 bandas de Guaxupé que conheço e curto vão tocar no Motofest que começa nesta sexta: Seven Keys, Malkavianos (sexta, a partir das 21h) e UDJC (17h do sábado).
Toda a programação do evento vc pode conferir no http://beerock2.zip.net/
E, ainda, de quebra, apreciar uma foto exótica, com som bem duvidoso... rs
Comentários
que amor!!!