todo dia era dia de índio

Gostaria de fazer um tocante discurso em homenagem aos povos indígenas e demais oprimidos pela anti-fraternidade humana, incluindo os animais, claro, mas não consigo. Como apreciadora da arte e da pureza genuína dos índios, e defensora da justiça entre todos os povos, choro por eles, por tudo que fizeram contra eles nas américas, de norte a sul. No Brasil, as poucas tribos sobreviventes vivem delimitadas por fronteiras num pedaço da terra onde outrora vagavam soberanos, sem medo ou limitações. E obrigados a digerir uma cultura que não é a sua, enquanto os costumes originais, pouco a pouco, vão sendo esquecidos. Há os que comiam carne humana, mau gosto total. Não digo isto em defesa da nossa pele, mas porque o ser humano é o animal mais nojento que existe. Afinal, comer carne animal faz parte da cadeia alimentar, por que sentir repulsa pelo fato de a carne humana ser apreciada por determinados povos? Nossa cultura também é cheia de maus gostos... Melhor nem enumerar.

Daí, vem um projeto bacana como o Cultura Viva, instituído na época do Ministro Gilberto Gil, que criou mais de 3 mil Pontos de Cultura pelo país dando oportunidade, também, para os indígenas. Por meio do Ponto de Cultura eles tem meios de registrar e divulgar a cultura de seus antepassados e a forma como vivem (ou sobrevivem), atualmente. Este papo todo começou porque tenho assistido a muitas chamadas, nas TVs Cultura e Futura, sobre a programação durante uma semana em comemoração ao 19 de abril. E me lembrou de um trecho de uma música do Zeca Baleiro: "favela não é hotel, vida não é novela, qual é a graça desgraça que há no riso do banguela."

Infelizmente, nunca fotografei índios. Nas fotos, cadela adotada da rua que aguardava cirurgia de castração, pela Guaxu SOS Animal; macaco-prego encontrado na Praça da Bandeira, com ferimento, socorrido pelo veterinário da MinasVet.


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