noite fora do eixo
Eram 20h quando cheguei no teatro municipal, ontem. A produção do Festival Fora do Eixo em Guaxupé ainda estava acontecendo e não havia ninguém na plateia. Desconjurei interiormente meus conterrâneos que não sabem aproveitar uma boa oportunidade, principalmente porque, habitualmente, nas modorrentas noites da nossa cidade o tédio só é quebrado pelas risadas dos bares e, eventualmente, por algumas cantorias.
Depois das 20h30 o público começou a chegar, primeiro tímidos adolescentes cabeludos vestidos de preto seguidos, paulatinamente, por toda sorte de amantes do rock. A plateia não lotou mas teve peso, quem presenciou o som da Caldo de Piaba, do Acre, Burro Morto e Cabruêra, da Paraíba, se emocionou com a qualidade do som. Marcos David secretário do DCET não compareceu. Já é o 3º evento cultural que participo e não o vejo. Na terça, no encontro organizado pelo Instituto 14 Bis, o secretário de cultura justificou sua ausência. Já Luís Renato Braga, diretor da divisão de cultura e músico, esteve presente, mas não tive a honra de esbarrar nele. Retomando o tema...
Os 3 integrantes (baixo, batera e guitarra) da banda acreana fizeram um som instrumental fodaço, como diria Fabin Fantini, dando uma canja dos Beatles no final (She's so heavy); a Burro Morto apresentou um instrumental progressivo, como definiu o tecladista Haley, com direito a instrumentos de sopro e uma percussão de responsa, diversificada até com som de panelas; a Cabruêra mistura rock com influências regionais e o vocalista Artur, com sua voz forte e muitas performances no palco, chegou a tocar violão com uma caneta, muito aplaudido pelo público.
Enfim, como bem disse Douglas da Silva, no final do evento, "só de um moleque ver que é possível tirar som com uma caneta, ele vai se esforçar, também, para desenvolver a sua criatividade". E o jovem músico guaxupeano Guilherme, 17, baixista e vocalista da recém-formada Introdução, confirmou essas palavras: "As bandas daqui fazem só cover, precisam buscar um estilo próprio."
A "noite fora do eixo" foi uma realização do Coletivo Beerock, uma associação alternativa fundada por um grupo de amigos fãs do estilo, em parceria com a Agência Fora do Eixo, que reúne coletivos ligados à música existentes Brasil adentro, fora da rota Rio-São Paulo, e promove shows por todo o País. Este é o 2º evento que acontece em Guaxupé (o 1º foi o Grito Rock), única cidade com 50 mil habitantes que integra o Circuito Fora do Eixo - http://foradoeixo.org.br/
A Prefeitura de Guaxupé, por meio da Divisão de Cultura, apoiou o evento patrocinando as diárias de hotel da equipe "fora do eixo". Também cedeu a infraestrutura do Teatro Municipal, que infelizmente não tem, ainda, equipamentos de som e iluminação adequados. Quando o local puder oferecer estes 2 itens com qualidade, ficará perfeito.
Conheça:
www.myspace.com/caldodepiaba
www.myspace.com/burromorto
www.myspace.com/cabrueramusic
A lojinha com CDs/EPs e acessórios do Fora do Eixo ficou bastante movimentada. Os preços dos cds variaram de 5 a 10 reais e, no final, o estoque ficou praticamente esgotado.
Guilherme e alguns integrantes da Introdução.
Depois das 20h30 o público começou a chegar, primeiro tímidos adolescentes cabeludos vestidos de preto seguidos, paulatinamente, por toda sorte de amantes do rock. A plateia não lotou mas teve peso, quem presenciou o som da Caldo de Piaba, do Acre, Burro Morto e Cabruêra, da Paraíba, se emocionou com a qualidade do som. Marcos David secretário do DCET não compareceu. Já é o 3º evento cultural que participo e não o vejo. Na terça, no encontro organizado pelo Instituto 14 Bis, o secretário de cultura justificou sua ausência. Já Luís Renato Braga, diretor da divisão de cultura e músico, esteve presente, mas não tive a honra de esbarrar nele. Retomando o tema...
Os 3 integrantes (baixo, batera e guitarra) da banda acreana fizeram um som instrumental fodaço, como diria Fabin Fantini, dando uma canja dos Beatles no final (She's so heavy); a Burro Morto apresentou um instrumental progressivo, como definiu o tecladista Haley, com direito a instrumentos de sopro e uma percussão de responsa, diversificada até com som de panelas; a Cabruêra mistura rock com influências regionais e o vocalista Artur, com sua voz forte e muitas performances no palco, chegou a tocar violão com uma caneta, muito aplaudido pelo público.
Enfim, como bem disse Douglas da Silva, no final do evento, "só de um moleque ver que é possível tirar som com uma caneta, ele vai se esforçar, também, para desenvolver a sua criatividade". E o jovem músico guaxupeano Guilherme, 17, baixista e vocalista da recém-formada Introdução, confirmou essas palavras: "As bandas daqui fazem só cover, precisam buscar um estilo próprio."
A "noite fora do eixo" foi uma realização do Coletivo Beerock, uma associação alternativa fundada por um grupo de amigos fãs do estilo, em parceria com a Agência Fora do Eixo, que reúne coletivos ligados à música existentes Brasil adentro, fora da rota Rio-São Paulo, e promove shows por todo o País. Este é o 2º evento que acontece em Guaxupé (o 1º foi o Grito Rock), única cidade com 50 mil habitantes que integra o Circuito Fora do Eixo - http://foradoeixo.org.br/
A Prefeitura de Guaxupé, por meio da Divisão de Cultura, apoiou o evento patrocinando as diárias de hotel da equipe "fora do eixo". Também cedeu a infraestrutura do Teatro Municipal, que infelizmente não tem, ainda, equipamentos de som e iluminação adequados. Quando o local puder oferecer estes 2 itens com qualidade, ficará perfeito.
Conheça:
www.myspace.com/caldodepiaba
www.myspace.com/burromorto
www.myspace.com/cabrueramusic
A lojinha com CDs/EPs e acessórios do Fora do Eixo ficou bastante movimentada. Os preços dos cds variaram de 5 a 10 reais e, no final, o estoque ficou praticamente esgotado.
Guilherme e alguns integrantes da Introdução.
Comentários
Agradeço sua presença no evento e registro dele.
Gostaria apenas de acrescentar que o Circuito Fora do Eixo e Agência Fora do Eixo são bem mais do que promotores e incentivadores de enventos. Eles fomentam a difusão da arte ecultura independente/alternativa através de tecnologias sociais e livres.
Eventos são o resultado de um trabalho integrado desenvolvido atrvés de tais ferramentas.
Se quiser se inteirar melhor, os links estão no site do Beerock (www.beerock.com.br).
Eu concordo com a opinião do Douglas da Silva sobre a possibilidade da elaboração de som autoral através da criatividade. Os artistas que cá se apresentaram na quinta são a prova viva disso.
Acho pertinente também o comentário do Guilherme sobre a produção de som autoral, mas digo que há bandas aqui que produzem seu próprio trabalho, e nós as incentivamos sempre. Esse é nosso objetivo, como sempre digo: levar Guaxupé a todo canto e trazer todo canto a Guaxupé.
Ver esse empenho, essa vontade de ter um trabalho com identidade, tais palavras vindas de um garoto como o Guilherme me deixam contente. É o melhor sinal de que nosso trabalho está a produzir resultados.
Os diretores da Divisão de Cultura, Marcos David e Luis Renato Braga chegaram de viagem no começo da noite, ainda sim estiveram no teatro para acompanhar o processo de produção da Noite Fora do Eixo. Ambos teriam extensos compromissos na manhã seguinte e viajariam logo cedo, mas Lu Braga ainda voltou durante o festival para acompanhar de perto o espetáculo. Os dois estavam muito próximos desde o início.
Nós do Coletivo Beerock agradecemos a todos que participaram direta ou indiretamente. O público de aproximadamente 150 pessoas na 1ª Noite Fora do Eixo aqui da cidade só foi possível porque muitas pessoas se empenharam até a alma. Vale lembrar que foi o primeiro festival organizado pelo Coletivo Beerock em uma quinta-feira. E foi um espetáculo deveras emocionante.
Quem foi, não esquecerá tão cedo.
A locomotiva não pode parar.
Mas uma vez, obrigado por participar comparecendo e registrando a Noite Fora do Eixo.
Abraço,
Douglas Rodrigues
Planejamento - Coletivo Beerock
www.beerock.com.br