minha história
Anos atrás, Nely Záccaro Andrade não recusava uma valsa; atualmente, não perde uma boa pescaria com prosa.
De sorriso aberto para a vida
Nely Záccaro Andrade nasceu em Guaxupé, em 22.09.31, filha de Henrique Záccaro e Ida Zoldan Záccaro, ambos descendentes diretos de italianos. Na sua certidão de nascimento, foi registrada como nascida em 23, mas comemora seu aniversário dia 22. Encara a vida sempre com bom humor, talvez, por esta característica, goste de pescar, embora não conte histórias de pescador. Com seu sorriso aberto, diz que o segredo para uma boa pescaria é a paciência.
“Papai era sapateiro. Minha mãe, costureira, fazia esse serviço muito bem. Sempre moramos na região do balaústre. Vivemos alguns meses em Guaranésia, onde morava toda a família do meu pai, numa época em que ele passou por dificuldades financeiras. O pai, Brás Záccaro, e os irmãos dele eram todos sapateiros; além deste ofício, meus tios eram músicos, também.
Comecei a fazer o grupo lá, mas não fiquei nem um ano, pois mamãe quis voltar. Aos domingos, ia de trem com meu pai para Guaranésia visitar meus avós.
Minha mãe começou a costurar com tia Lidia Brocchi, que logo se mudou para outra cidade. Papai comprou a casa dela. Entrei no Grupo Delfim Moreira. Dona Manoelita, minha professora, era muito boazinha. Depois, fui para a Academia de Comércio São José.
Foi a melhor época da minha vida, fiz muitas amizades. Dançava demais nos bailes do Clube Guaxupé e na antiga Associação, que depois foi transferida para o prédio do Cine São Carlos. Tinha muitos parceiros de dança, entre eles, Carlos Alberto de Andrade (Carlota), João Jair, Vinícius e Belo Eclissato.
Não tinha namorado, só queria saber de dançar. Pra namorar foi um sacrifício, morria de vergonha. Carlota, aos poucos, conseguiu me dobrar. Ele se formou na Academia dois anos antes de mim. Eu me formei em 1950. Nesse ínterim, ele trabalhou na Drogasil, depois, no Banco Hipotecário. Marcávamos de ir ao cinema: ele queria ficar na parte de cima, eu na de baixo. Ficávamos separados, a gente só brigava.
Passava em frente à Drogasil, de uniforme esportivo, para treinar basquete no estádio municipal, adorava jogar. Ele ficava doido, não gostava que eu participasse do time. Era cestinha, boa nos arremessos. Certa vez, antes de um jogo contra Muzambinho, Carlota ameaçou terminar o namoro caso eu participasse. Joguei, mesmo assim.
Fizemos as pazes algum tempo depois, numa festa na casa do seo Michel Gdikian. Os amigos nos instigaram pra retomarmos o namoro. Ele me fez queimar todas minhas fotos de jogadora, com o apoio da minha mãe, que também não gostava que eu jogasse, pois chegava muito cansada dos treinos.
Carlota foi trabalhar no Banespa, em São Paulo. Nosso namoro durou oito anos porque ele ajudava sua família, que era grande. Não gostava que eu trabalhasse. Ficava em casa ajudando minha mãe. Nessa época, meus pais adotaram uma criança, Rosalva. Como mamãe trabalhava muito, papai e eu cuidávamos dela.
Nas terças, tinha sessão das moças, no cinema. Eu gostava muito, até anotava os nomes dos filmes num livrinho. Toda semana, recebia carta do Carlota, que não podia vir a Guaxupé com frequência. Nos casamos em 1955. Meus pais fizeram uma grande comemoração em casa. Nila De Simone, muito amiga da nossa família, fez os docinhos da festa.
Uma nova família
Fomos morar em Pirassununga. No ano seguinte, voltei à casa dos meus pais para ter nosso primeiro filho, Luiz Alberto. Fiz questão de ser atendida pelo médico da família, que era de Guaranésia, Dr. João Bento Ribeiro. Ele veio me buscar quando comecei a sentir as dores. A estrada era de terra e, com dor, a viagem ficou mais comprida.
Na Santa Casa havia uma freira muito antipática. Ela quase deixou meu filho cair no chão, logo que nasceu. Já pensou, depois de tanto trabalho? O parto demorou demais, senti muitas dores. Depois, fiquei um tempo com minha mãe, que tinha uma empregada muito boa, Luzia. Ela foi embora comigo pra Pirassununga, fazia de tudo por mim.
Em menos de dois anos, Carlota foi transferido para São José do Rio Pardo, onde moramos por treze anos. Em 60, voltei a Guaxupé para dar à luz Silvia Helena, desta vez, pelas mãos do Dr. Mário Ribeiro do Valle, na casa dos meus pais. A parteira não deu conta e precisamos chamar o médico.
Minha rotina era cuidar dos filhos. Aos sábados, vínhamos de carro para Guaxupé, pela estrada de terra, que depois foi asfaltada. Em 69, havia comprado tecido para mamãe fazer um vestido longo para eu ir ao baile de aniversário do Clube Guaxupé, dia 18 de outubro. Mas não pudemos comparecer, pois meu marido adoeceu.
Ele sentia muitas dores de cabeça e na nuca. O médico, em São José, dizia que era sinusite, mas ele perdeu a memória, tivemos que consultar um especialista, em Campinas. Meus pais ficaram em casa, com nossos filhos. Minha sogra, Irmey, me fez companhia no hospital. Carlota passou por muitos exames e por uma cirurgia delicada. Recuperou a memória, mas sua visão ficou prejudicada. Voltamos muitas vezes à Campinas. Em janeiro de 1970, o sofrimento recomeçou, ele perdeu novamente a memória. Acabou falecendo, dia 12 de março.
Voltei para Guaxupé com meus filhos. Inicialmente, moramos com meus pais, depois, comprei esta casa em que moro, até hoje, com o seguro de vida deixado pelo meu marido. A casa era muito velha, derrubei tudo e fiz outra, nova. Briguei muito com os vizinhos, a cerca dos fundos era de mandacaru. Precisei fazer um muro.
Desde a doença do Carlota, aprendi a dirigir. Tirei carteira de motorista em São José. Por ser filha única, nunca me deixaram viajar pra muito longe. De volta a Guaxupé, ia todo mês pra São José receber a aposentadoria do meu marido. Aproveitava e visitava o compadre Antônio Merli. De vez em quando, visitava padre Ornelas, tio do Carlota, em Arceburgo. Dirijo muito bem.
Supermãe pescadora
Criei meus filhos do meu jeito. Se demorassem na rua, ficava doida. Queria ver onde estavam. Sempre os acompanhava aos bailes. Num carnaval, aconteceu uma briga horrorosa no Clube Guaxupé. Na última noite, a banda parou de tocar às quatro da manhã e o povo queria que continuasse. Daí, começou a brigaiada. A polícia foi chamada, houve até tiros de verdade. A turma desceu correndo as escadas, alguns ficaram machucados. Perdi a sandália procurando meus filhos. Só sosseguei quando soube que estavam em locais seguros.
Ao chegar em casa, tia Noêmia falou que a festa devia estar muito boa, pois soltaram até foguetes. Comecei a chorar, contando que foram tiros e não fogos. Pouco tempo depois, meus filhos chegaram com os amigos, todos bêbados. Sempre estive ao lado deles, fiz o que pude para criá-los bem.
Depois que meu marido faleceu, perdi o gosto pela dança. Ele gostava muito de dançar. Colocava o disco do Ray Conniff na vitrola e dançávamos na sala de casa. Domingos Zuccarelli gostava de ver a gente, nos chamava de ‘peninha’ porque rodávamos todo o salão. Mas tenho minhas amigas, continuo frequentando bailes, gosto de apreciar.
Lourdes Souza Callegari é minha grande companheira. Batemos perna quase todas as tardes. Faço minha comida e saio, lá pela uma hora. Uma terça, vamos à creche do Olavo, na outra, na pastoral da saúde, onde um grupo de mulheres se reúne para fazer produtos vendidos em bazares beneficentes. Gosto de fazer crochê. Na quarta, trabalhamos para ajudar a creche da Santa Cruz e o Horto Florestal. Na sexta, se vou ao supermercado, sozinha, as caixas me perguntam: ‘cadê a amiga?’
Nas tardes de segunda e quinta, pesco com seo Antônio Nogueira, pai do meu genro, Lauro. Costumamos pescar nas propriedades de amigos. Ficamos na beirada do açude, pescando tilápia e jogando conversa fora. Se um peixe grande morder meu anzol, me leva junto pra dentro d’água. Pesco mais que meu companheiro. Em compensação, ele limpa os peixes para mim.
A cada dezoito dias, participo de um rancho de casais, na fazenda do Isaac Gabriel. Sempre levo um pãozinho caseiro feito por mim, eles adoram. Sou a única ‘avulsa’ da turma. Lauro é que me incentiva a ir junto. Tomo uns três copos de cerveja e falo besteira.
Gosto muito de futebol, deveria ter nascido homem. Era torcedora fanática da Esportiva de Guaxupé, meu pai e eu não perdíamos um jogo. Uma vez, enquanto estava no campo de futebol, assaltaram minha casa, quebraram a porta e fizeram uma bagunça. Os ladrões conheciam meu costume. Também, sou torcedora do São Paulo. Meu companheiro de pescaria, do Corinthians. Levamos essa rixa na brincadeira.”
Nely é uma pessoa de sorriso aberto e de bem com a vida. Mora sozinha, mas sua filha mora na casa ao lado. Seu genro diz que o portão que separa as duas casas vale ouro. Lana, cachorrinha York Shire da neta Ana Lia, transita por este portão: é outra grande companheira.
Fotos:
1) Nely, entre Lauro e Silvia Helena, Letícia (Til) e Luiz Alberto.
2) Nely e Carlota casaram-se em 10.09 de 1955.
3) Nely, Henriqueta Costa Campos e Nirba Pasqua, na única foto do time de basquete que não foi queimada.
4) Rosalva sempre esteve junto de Nely, principalmente, nas horas difíceis.
5) Nely tem quatro netos: Henrique, Guilherme, Thaís e Ana Lia.
6) Com alguns companheiros de “rancho”: Celso, Tatonho, Luizinho, Marcos e Lauro.
De sorriso aberto para a vida
Nely Záccaro Andrade nasceu em Guaxupé, em 22.09.31, filha de Henrique Záccaro e Ida Zoldan Záccaro, ambos descendentes diretos de italianos. Na sua certidão de nascimento, foi registrada como nascida em 23, mas comemora seu aniversário dia 22. Encara a vida sempre com bom humor, talvez, por esta característica, goste de pescar, embora não conte histórias de pescador. Com seu sorriso aberto, diz que o segredo para uma boa pescaria é a paciência.
“Papai era sapateiro. Minha mãe, costureira, fazia esse serviço muito bem. Sempre moramos na região do balaústre. Vivemos alguns meses em Guaranésia, onde morava toda a família do meu pai, numa época em que ele passou por dificuldades financeiras. O pai, Brás Záccaro, e os irmãos dele eram todos sapateiros; além deste ofício, meus tios eram músicos, também.
Comecei a fazer o grupo lá, mas não fiquei nem um ano, pois mamãe quis voltar. Aos domingos, ia de trem com meu pai para Guaranésia visitar meus avós.
Minha mãe começou a costurar com tia Lidia Brocchi, que logo se mudou para outra cidade. Papai comprou a casa dela. Entrei no Grupo Delfim Moreira. Dona Manoelita, minha professora, era muito boazinha. Depois, fui para a Academia de Comércio São José.
Foi a melhor época da minha vida, fiz muitas amizades. Dançava demais nos bailes do Clube Guaxupé e na antiga Associação, que depois foi transferida para o prédio do Cine São Carlos. Tinha muitos parceiros de dança, entre eles, Carlos Alberto de Andrade (Carlota), João Jair, Vinícius e Belo Eclissato.
Não tinha namorado, só queria saber de dançar. Pra namorar foi um sacrifício, morria de vergonha. Carlota, aos poucos, conseguiu me dobrar. Ele se formou na Academia dois anos antes de mim. Eu me formei em 1950. Nesse ínterim, ele trabalhou na Drogasil, depois, no Banco Hipotecário. Marcávamos de ir ao cinema: ele queria ficar na parte de cima, eu na de baixo. Ficávamos separados, a gente só brigava.
Passava em frente à Drogasil, de uniforme esportivo, para treinar basquete no estádio municipal, adorava jogar. Ele ficava doido, não gostava que eu participasse do time. Era cestinha, boa nos arremessos. Certa vez, antes de um jogo contra Muzambinho, Carlota ameaçou terminar o namoro caso eu participasse. Joguei, mesmo assim.
Fizemos as pazes algum tempo depois, numa festa na casa do seo Michel Gdikian. Os amigos nos instigaram pra retomarmos o namoro. Ele me fez queimar todas minhas fotos de jogadora, com o apoio da minha mãe, que também não gostava que eu jogasse, pois chegava muito cansada dos treinos.
Carlota foi trabalhar no Banespa, em São Paulo. Nosso namoro durou oito anos porque ele ajudava sua família, que era grande. Não gostava que eu trabalhasse. Ficava em casa ajudando minha mãe. Nessa época, meus pais adotaram uma criança, Rosalva. Como mamãe trabalhava muito, papai e eu cuidávamos dela.
Nas terças, tinha sessão das moças, no cinema. Eu gostava muito, até anotava os nomes dos filmes num livrinho. Toda semana, recebia carta do Carlota, que não podia vir a Guaxupé com frequência. Nos casamos em 1955. Meus pais fizeram uma grande comemoração em casa. Nila De Simone, muito amiga da nossa família, fez os docinhos da festa.
Uma nova família
Fomos morar em Pirassununga. No ano seguinte, voltei à casa dos meus pais para ter nosso primeiro filho, Luiz Alberto. Fiz questão de ser atendida pelo médico da família, que era de Guaranésia, Dr. João Bento Ribeiro. Ele veio me buscar quando comecei a sentir as dores. A estrada era de terra e, com dor, a viagem ficou mais comprida.
Na Santa Casa havia uma freira muito antipática. Ela quase deixou meu filho cair no chão, logo que nasceu. Já pensou, depois de tanto trabalho? O parto demorou demais, senti muitas dores. Depois, fiquei um tempo com minha mãe, que tinha uma empregada muito boa, Luzia. Ela foi embora comigo pra Pirassununga, fazia de tudo por mim.
Em menos de dois anos, Carlota foi transferido para São José do Rio Pardo, onde moramos por treze anos. Em 60, voltei a Guaxupé para dar à luz Silvia Helena, desta vez, pelas mãos do Dr. Mário Ribeiro do Valle, na casa dos meus pais. A parteira não deu conta e precisamos chamar o médico.
Minha rotina era cuidar dos filhos. Aos sábados, vínhamos de carro para Guaxupé, pela estrada de terra, que depois foi asfaltada. Em 69, havia comprado tecido para mamãe fazer um vestido longo para eu ir ao baile de aniversário do Clube Guaxupé, dia 18 de outubro. Mas não pudemos comparecer, pois meu marido adoeceu.
Ele sentia muitas dores de cabeça e na nuca. O médico, em São José, dizia que era sinusite, mas ele perdeu a memória, tivemos que consultar um especialista, em Campinas. Meus pais ficaram em casa, com nossos filhos. Minha sogra, Irmey, me fez companhia no hospital. Carlota passou por muitos exames e por uma cirurgia delicada. Recuperou a memória, mas sua visão ficou prejudicada. Voltamos muitas vezes à Campinas. Em janeiro de 1970, o sofrimento recomeçou, ele perdeu novamente a memória. Acabou falecendo, dia 12 de março.
Voltei para Guaxupé com meus filhos. Inicialmente, moramos com meus pais, depois, comprei esta casa em que moro, até hoje, com o seguro de vida deixado pelo meu marido. A casa era muito velha, derrubei tudo e fiz outra, nova. Briguei muito com os vizinhos, a cerca dos fundos era de mandacaru. Precisei fazer um muro.
Desde a doença do Carlota, aprendi a dirigir. Tirei carteira de motorista em São José. Por ser filha única, nunca me deixaram viajar pra muito longe. De volta a Guaxupé, ia todo mês pra São José receber a aposentadoria do meu marido. Aproveitava e visitava o compadre Antônio Merli. De vez em quando, visitava padre Ornelas, tio do Carlota, em Arceburgo. Dirijo muito bem.
Supermãe pescadora
Criei meus filhos do meu jeito. Se demorassem na rua, ficava doida. Queria ver onde estavam. Sempre os acompanhava aos bailes. Num carnaval, aconteceu uma briga horrorosa no Clube Guaxupé. Na última noite, a banda parou de tocar às quatro da manhã e o povo queria que continuasse. Daí, começou a brigaiada. A polícia foi chamada, houve até tiros de verdade. A turma desceu correndo as escadas, alguns ficaram machucados. Perdi a sandália procurando meus filhos. Só sosseguei quando soube que estavam em locais seguros.
Ao chegar em casa, tia Noêmia falou que a festa devia estar muito boa, pois soltaram até foguetes. Comecei a chorar, contando que foram tiros e não fogos. Pouco tempo depois, meus filhos chegaram com os amigos, todos bêbados. Sempre estive ao lado deles, fiz o que pude para criá-los bem.
Depois que meu marido faleceu, perdi o gosto pela dança. Ele gostava muito de dançar. Colocava o disco do Ray Conniff na vitrola e dançávamos na sala de casa. Domingos Zuccarelli gostava de ver a gente, nos chamava de ‘peninha’ porque rodávamos todo o salão. Mas tenho minhas amigas, continuo frequentando bailes, gosto de apreciar.
Lourdes Souza Callegari é minha grande companheira. Batemos perna quase todas as tardes. Faço minha comida e saio, lá pela uma hora. Uma terça, vamos à creche do Olavo, na outra, na pastoral da saúde, onde um grupo de mulheres se reúne para fazer produtos vendidos em bazares beneficentes. Gosto de fazer crochê. Na quarta, trabalhamos para ajudar a creche da Santa Cruz e o Horto Florestal. Na sexta, se vou ao supermercado, sozinha, as caixas me perguntam: ‘cadê a amiga?’
Nas tardes de segunda e quinta, pesco com seo Antônio Nogueira, pai do meu genro, Lauro. Costumamos pescar nas propriedades de amigos. Ficamos na beirada do açude, pescando tilápia e jogando conversa fora. Se um peixe grande morder meu anzol, me leva junto pra dentro d’água. Pesco mais que meu companheiro. Em compensação, ele limpa os peixes para mim.
A cada dezoito dias, participo de um rancho de casais, na fazenda do Isaac Gabriel. Sempre levo um pãozinho caseiro feito por mim, eles adoram. Sou a única ‘avulsa’ da turma. Lauro é que me incentiva a ir junto. Tomo uns três copos de cerveja e falo besteira.
Gosto muito de futebol, deveria ter nascido homem. Era torcedora fanática da Esportiva de Guaxupé, meu pai e eu não perdíamos um jogo. Uma vez, enquanto estava no campo de futebol, assaltaram minha casa, quebraram a porta e fizeram uma bagunça. Os ladrões conheciam meu costume. Também, sou torcedora do São Paulo. Meu companheiro de pescaria, do Corinthians. Levamos essa rixa na brincadeira.”
Nely é uma pessoa de sorriso aberto e de bem com a vida. Mora sozinha, mas sua filha mora na casa ao lado. Seu genro diz que o portão que separa as duas casas vale ouro. Lana, cachorrinha York Shire da neta Ana Lia, transita por este portão: é outra grande companheira.
Fotos:
1) Nely, entre Lauro e Silvia Helena, Letícia (Til) e Luiz Alberto.
2) Nely e Carlota casaram-se em 10.09 de 1955.
3) Nely, Henriqueta Costa Campos e Nirba Pasqua, na única foto do time de basquete que não foi queimada.
4) Rosalva sempre esteve junto de Nely, principalmente, nas horas difíceis.
5) Nely tem quatro netos: Henrique, Guilherme, Thaís e Ana Lia.
6) Com alguns companheiros de “rancho”: Celso, Tatonho, Luizinho, Marcos e Lauro.
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