malhado sinhá

Esta tarde tive a oportunidade de assistir (de graça!) ao espetáculo Malhado Sinhá, produzido pela Cia. Cênica Aruanã, no Teatro Municipal de Guaxupé. Trinta e oito jovens no palco apresentaram, por meio da dança, arte circense e teatro, a paixão inusitada entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, baseado em um livro do escritor Jorge Amado. Pode até parecer loucura, mas algumas cenas me remeteram a Shakespeare, à tragédia amorosa de Romeu e Julieta e a Hamlet, com o seu "ser ou não ser, esta é a questão". O espetáculo, dirigido por Rodrigo Matheus, além de unir diferentes expressões artísticas em cena, mexeu com a questão do preconceito e da convivência das tribos sociais. Uma graça! Pena não ter um final feliz, como nas comédias românticas, em que o Gato Malhado roubaria a Andorinha Sinhá do Rouxinol no dia do casamento, mostrando que amores impossíveis, às vezes, tornam-se possíveis. Por que não?

Gostoso ver a plateia lotada de crianças e jovens de escolas públicas e particulares. Atrás de mim, muitas risadas, algumas, até, em momentos inconvenientes. De alguma forma, a arte incomoda, tira a pessoa do lugar comum. Abre portas, mostra novas perspectivas, amplia horizontes. É por meio da arte e da cultura, aliadas à educação, que poderemos criar o mundo que queremos. A Cia. Cênica Aruanã é beneficiada pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, um projeto da Casa de Cultura e Cidadania de São José do Rio Pardo, com coordenação da Bia Carvalho. Outras seis Casas semelhantes funcionam em outros municípios, todas patrocinadas pela AES Brasil. Parabéns a todos os envolvidos, incluindo o Instituto 14 Bis de Educação e Cultura pela produção local e Sidnei Magalhães, da H.Melillo - Grupo de Articulação Social.



Fotos publicadas na página da Cia. Cênica Aruanã no Facebook.


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