professora querida
A guaxupeana Zélia Vieira Dallora nasceu em 25.11.32, filha de Francisco Vieira Ribeiro, natural de Guaranésia, e Jesuína Cândida Ribeiro, de São José do Rio Pardo. Criada no dorso do cavalo e nas árvores do pomar, Zélia adquiriu amor pela vida rural, que retratou em telas de pintura. Aprendeu a pintar nos colégios de freiras onde estudou e intensificou, também, sua fé em Deus. Professora aposentada, ela é do tempo em que pais e alunos respeitavam o magistério: “Eles nos queriam bem.”
“Minha mãe teve 16 filhos, apenas dez sobreviveram. Naquele tempo não tinha antibiótico, até pneumonia matava. Atualmente, somos quatro, Ana Margarida, Hilda, Wanda e eu. Meu pai, conhecido por Chico Vieira, era proprietário da Fazenda Divisa, entre Guaxupé e Tapiratiba.
Meus irmãos e eu brincávamos com os filhos dos colonos, que eram muitos. Gostava de assistir aos jogos de futebol dos meninos no campinho da fazenda. Brincava no terreirão de café, andava a cavalo, subia nas árvores do pomar ou no curral. Quando fazia frio, para esquentar, a família toda se reunia ao redor do fogão à lenha.
A única bicicleta que tivemos foi dada ao meu irmão Bi pelo Dr. Coragem. Mamãe tinha muito medo que a gente se machucasse, não gostava que andássemos de bicicleta ou patins. Os empregados da fazenda ajudavam a olhar a gente. Minha mãe sempre foi enérgica e exigente.
Morávamos na fazenda, mas tínhamos uma casa na cidade, na esquina da Rua Francisco Ribeiro do Valle com a Praça Américo Costa, da Catedral. Vínhamos para cá nos finais de semana, principalmente, quando havia alguma comemoração.
Papai nos trazia num Fordinho. Na charrete ou no carro de boi vinham os mantimentos para os dias na cidade. A casa paroquial ficava ao lado da nossa casa. Mamãe preparava muitos biscoitos e quitutes para os padres e o bispo. No caminho, parávamos no Palácio episcopal. Dom Inácio foi um grande amigo nosso.
Nossa casa, na roça ou na cidade, estava sempre cheia. Candoca, esposa do Manoel Martins, além de prima, era muito amiga da mamãe, sempre nos visitava com a família. Éramos amigos de toda a vizinhança da Catedral: da família do Paulo Ribeiro do Valle, do Dr. Carneiro, dos filhos e netos do tio Zequinha, entre outros.
Minhas irmãs, Ia (Maria) e Zinha (Elza), foram minhas professoras do primário, na nossa casa da fazenda. Elas davam aulas, também, para alguns irmãos e para os filhos dos colonos. No 4º ano, para tirar o diploma, estudei alguns meses no Grupo Delfim Moreira, com dona Mariana Malzoni. Na prova oral, ela me chamou na frente da turma para falar sobre a Guerra do Paraguai. Lembro-me que sabia tudo de cor, fiquei toda importante porque impressionei meus colegas.
Em seguida, Hilda e eu viemos estudar como internas, no Colégio Imaculada Conceição. Visitava minha família uma vez por mês. Quando meu pai vinha nos visitar, as irmãs ficavam em volta dele, sempre pedindo alguma coisa. A maioria da madeira usada na confecção dos objetos e móveis da capela foi doada por ele. Papai não queria que suas filhas tivessem mordomias, queria que fossem bem-tratadas.
Nunca acusei febre, mesmo apresentando sintomas de gripe, por exemplo. Como o termômetro não marcava febre, as freiras me obrigavam a levantar e cumprir minhas obrigações. Às vezes, de tão indisposta, chegava a dormir na carteira.
Nossa rotina consistia em assistir às missas do Padre Ornelas, toda manhã, antes das aulas. À tarde, ficávamos na sala de estudos. Após o jantar, dávamos uma volta no pátio da escola pra fazer a digestão. Deitávamos cedo, às 20h.
Aos domingos, como prêmio por bom comportamento, podíamos sair para dar uma volta no pastinho, onde, atualmente, fica o Lar São Vicente. A gente achava lindo respirar o ar puro, fora do colégio.
Uma noite, estávamos fazendo nossa higiene pessoal quando minha irmã foi repreendida por uma das freiras. Lembro-me que Hilda pegou a freira pela cintura e a colocou dentro da pia. Outras colegas precisaram ajudá-la a sair de lá. Fiquei envergonhada por minha irmã e com medo, mas ficou por isso mesmo. Hilda era muito arteira, mas eu me reprimia pra causar boa impressão.
Normalista café com leite
Depois de receber o diploma do ginasial, fui estudar no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, em Itu, SP. Minha colega, prima e amiga Celina Ribeiro do Valle, que já estudava comigo, também foi junto.
A viagem de trem durava o dia inteiro. Passávamos a noite num hotel, em Campinas. No dia seguinte, pegávamos um táxi para Itu. Quase no final do curso, meu pai comprou um Studebaker e pagava um motorista, Tufi Doce, para nos levar, mas nos acompanhava, também.
Em 1949, recebi o diploma de Normalista e retornei. Em fevereiro do ano seguinte, comecei a lecionar na escola da fazenda, que era municipalizada. Após três anos de magistério, adquiri pontos para lecionar pelo Estado de São Paulo. Em 53, meu pai faleceu, repentinamente, aos 60 anos. Neste mesmo ano, passei a dar aulas na Fazenda Varjedo, onde fiquei por nove anos.
Já conhecia Caetano Dallora Filho, muito amigo do meu irmão Chiquinho. Ele estava sempre na fazenda. A gente se olhava e, de vez em quando, conversávamos, até que um dia, ele me perguntou se eu queria namorar. Em 19.03.55, ficamos noivos, nos casamos em dezembro do mesmo ano.
Caetaninho, como eu o chamava, tinha um armazém de café em Guaxupé. Depois da nossa lua de mel em Poços de Caldas viemos morar na casa que ele construiu para nós, na Rua Luiz Costa Monteiro, onde moro até hoje.
No começo, ia de ônibus até nossa fazenda. Eu almoçava com minha mãe e ia a cavalo para a Varjedo. À tarde, meu marido me buscava. Quando engravidei, pela primeira vez, seo Arlindo, empregado da fazenda, me levava para a escola de trator. Ele tinha o maior cuidado comigo, ficou muito amigo da nossa família. Tanto que ajudou a criar meus cinco filhos: Caetano Neto nasceu em outubro de 56; Ana Cristina, em 58; Luiz Guilherme, em 61; Flávia, em 62, e Fernando, em 64.
Daqui pra lá, de lá pra cá
Após o nascimento dos dois primeiros, cheguei a morar na fazenda. Assim, meu marido ia para Guaxupé e voltava, todos os dias. Quando a escola da Divisa passou para o Estado, em 1962, voltei a lecionar lá, onde fiquei outros nove anos. Neto, meu filho, foi alfabetizado por mim, na fazenda. O primário, na zona rural, tinha somente até o 3º ano. O último acontecia na cidade.
Quando voltamos a morar em Guaxupé, retomei o percurso diário até a fazenda. Uma vez, três alunos meus fizeram bonito no 4º ano, em Tapiratiba. Os professores ficaram impressionados com as composições deles e me perguntaram o que eu fazia para conseguir um resultado tão bom. Disse que preparava com muito zelo as aulas de redação. Cheguei a dar aulas para os professores, que me pediram para ensinar meu método a eles.
Quando a escola na Divisa fechou, fui transferida para o Grupo Escolar da Limeira, fazenda vizinha à nossa, onde lecionei para o 3º e 4º anos, até minha aposentadoria.
Certa vez, recebemos a visita surpresa do inspetor de ensino, Oscar Leonhardt. Eu havia liberado todos os alunos do 4º ano para apanharem goiaba, com a servente da cantina e outros professores. Fiquei temerosa, achando que levaria a maior bronca por não termos informado a sede em Tapiratiba.
Mas, no final da visita, ele escreveu um relatório elogioso da minha turma, pois entendeu nossa preocupação com o bem-estar das crianças. As goiabas seriam utilizadas para fazer um doce que enriqueceria, ainda mais, a merenda escolar. Fizemos questão que ele levasse uma cesta cheia de goiabas.
Em 1970, fiz Pedagogia na faculdade de Guaxupé. Caetaninho não queria que eu estudasse à noite, de jeito nenhum. Só concordou porque Marisa, esposa do irmão dele, Mário, também foi estudar comigo.
A partir da minha aposentadoria, em 1980, passei a me dedicar somente aos meus filhos. Os dois mais novos chegaram a me dar muita preocupação por motivos de saúde, mas, graças a Deus, tudo se resolveu bem.
Durante alguns anos, dei aulas de Catecismo na Catedral. Aqueles que moravam fora ou precisavam receber a comunhão ou crisma fora de época, tiveram aulas na minha casa.
Habitualmente, toda semana, assisto às missas, geralmente, na Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Aprendi a ter fé, esperança e caridade na vida religiosa, meus pais me educaram desta forma.
Minha mãe faleceu aos 99 anos e três meses. Faço questão de contar os meses porque, com a idade dela, um mês não era pouco. Ela não chegou a ficar doente, de cama, nem perdeu a lucidez. Em 96, meu marido faleceu. Em 2003, perdi duas netas, Ana Beatriz e Júlia, num acidente de carro. Atualmente, tenho seis netos, todos eles homens, me paparicam demais. Louvo a Deus e agradeço por tudo que tenho.”
Zélia gosta de estar com a família. Sempre viajou com o marido, levando os filhos à praia ou a piqueniques em Poços de Caldas. Aprendeu a pintar telas no colégio das freiras. A casa onde mora é decorada com muitas pinturas de sua autoria, feitas tempos atrás. Pretende retomar este hobbie, brevemente, com sua prima Any Ribeiro.
Fotos:
1) Zélia, em 2004, com filhos, genros, noras e netos.
2) Na colação de grau do ginasial do Colégio Imaculada Conceição, na Catedral, Zélia, na 1ª fileira, à esquerda.
3) Casamento na Igreja do Rosário: o pai, Caetano Dallora, a irmã, Lourdes, o cunhado, Osvaldo, e o noivo, Caetaninho; Zélia ladeada pela mãe e pelo irmão, Chiquinho.
4) Zélia entre os netos Paulo Caetano, Pedro Henrique, Júlia, Ana Beatriz, Caetano e o pequeno Mateus.
Apoio Cultural:
“Minha mãe teve 16 filhos, apenas dez sobreviveram. Naquele tempo não tinha antibiótico, até pneumonia matava. Atualmente, somos quatro, Ana Margarida, Hilda, Wanda e eu. Meu pai, conhecido por Chico Vieira, era proprietário da Fazenda Divisa, entre Guaxupé e Tapiratiba.
Meus irmãos e eu brincávamos com os filhos dos colonos, que eram muitos. Gostava de assistir aos jogos de futebol dos meninos no campinho da fazenda. Brincava no terreirão de café, andava a cavalo, subia nas árvores do pomar ou no curral. Quando fazia frio, para esquentar, a família toda se reunia ao redor do fogão à lenha.
A única bicicleta que tivemos foi dada ao meu irmão Bi pelo Dr. Coragem. Mamãe tinha muito medo que a gente se machucasse, não gostava que andássemos de bicicleta ou patins. Os empregados da fazenda ajudavam a olhar a gente. Minha mãe sempre foi enérgica e exigente.
Morávamos na fazenda, mas tínhamos uma casa na cidade, na esquina da Rua Francisco Ribeiro do Valle com a Praça Américo Costa, da Catedral. Vínhamos para cá nos finais de semana, principalmente, quando havia alguma comemoração.
Papai nos trazia num Fordinho. Na charrete ou no carro de boi vinham os mantimentos para os dias na cidade. A casa paroquial ficava ao lado da nossa casa. Mamãe preparava muitos biscoitos e quitutes para os padres e o bispo. No caminho, parávamos no Palácio episcopal. Dom Inácio foi um grande amigo nosso.
Nossa casa, na roça ou na cidade, estava sempre cheia. Candoca, esposa do Manoel Martins, além de prima, era muito amiga da mamãe, sempre nos visitava com a família. Éramos amigos de toda a vizinhança da Catedral: da família do Paulo Ribeiro do Valle, do Dr. Carneiro, dos filhos e netos do tio Zequinha, entre outros.
Minhas irmãs, Ia (Maria) e Zinha (Elza), foram minhas professoras do primário, na nossa casa da fazenda. Elas davam aulas, também, para alguns irmãos e para os filhos dos colonos. No 4º ano, para tirar o diploma, estudei alguns meses no Grupo Delfim Moreira, com dona Mariana Malzoni. Na prova oral, ela me chamou na frente da turma para falar sobre a Guerra do Paraguai. Lembro-me que sabia tudo de cor, fiquei toda importante porque impressionei meus colegas.
Em seguida, Hilda e eu viemos estudar como internas, no Colégio Imaculada Conceição. Visitava minha família uma vez por mês. Quando meu pai vinha nos visitar, as irmãs ficavam em volta dele, sempre pedindo alguma coisa. A maioria da madeira usada na confecção dos objetos e móveis da capela foi doada por ele. Papai não queria que suas filhas tivessem mordomias, queria que fossem bem-tratadas.
Nunca acusei febre, mesmo apresentando sintomas de gripe, por exemplo. Como o termômetro não marcava febre, as freiras me obrigavam a levantar e cumprir minhas obrigações. Às vezes, de tão indisposta, chegava a dormir na carteira.
Nossa rotina consistia em assistir às missas do Padre Ornelas, toda manhã, antes das aulas. À tarde, ficávamos na sala de estudos. Após o jantar, dávamos uma volta no pátio da escola pra fazer a digestão. Deitávamos cedo, às 20h.
Aos domingos, como prêmio por bom comportamento, podíamos sair para dar uma volta no pastinho, onde, atualmente, fica o Lar São Vicente. A gente achava lindo respirar o ar puro, fora do colégio.
Uma noite, estávamos fazendo nossa higiene pessoal quando minha irmã foi repreendida por uma das freiras. Lembro-me que Hilda pegou a freira pela cintura e a colocou dentro da pia. Outras colegas precisaram ajudá-la a sair de lá. Fiquei envergonhada por minha irmã e com medo, mas ficou por isso mesmo. Hilda era muito arteira, mas eu me reprimia pra causar boa impressão.
Normalista café com leite
Depois de receber o diploma do ginasial, fui estudar no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, em Itu, SP. Minha colega, prima e amiga Celina Ribeiro do Valle, que já estudava comigo, também foi junto.
A viagem de trem durava o dia inteiro. Passávamos a noite num hotel, em Campinas. No dia seguinte, pegávamos um táxi para Itu. Quase no final do curso, meu pai comprou um Studebaker e pagava um motorista, Tufi Doce, para nos levar, mas nos acompanhava, também.
Em 1949, recebi o diploma de Normalista e retornei. Em fevereiro do ano seguinte, comecei a lecionar na escola da fazenda, que era municipalizada. Após três anos de magistério, adquiri pontos para lecionar pelo Estado de São Paulo. Em 53, meu pai faleceu, repentinamente, aos 60 anos. Neste mesmo ano, passei a dar aulas na Fazenda Varjedo, onde fiquei por nove anos.
Já conhecia Caetano Dallora Filho, muito amigo do meu irmão Chiquinho. Ele estava sempre na fazenda. A gente se olhava e, de vez em quando, conversávamos, até que um dia, ele me perguntou se eu queria namorar. Em 19.03.55, ficamos noivos, nos casamos em dezembro do mesmo ano.
Caetaninho, como eu o chamava, tinha um armazém de café em Guaxupé. Depois da nossa lua de mel em Poços de Caldas viemos morar na casa que ele construiu para nós, na Rua Luiz Costa Monteiro, onde moro até hoje.
No começo, ia de ônibus até nossa fazenda. Eu almoçava com minha mãe e ia a cavalo para a Varjedo. À tarde, meu marido me buscava. Quando engravidei, pela primeira vez, seo Arlindo, empregado da fazenda, me levava para a escola de trator. Ele tinha o maior cuidado comigo, ficou muito amigo da nossa família. Tanto que ajudou a criar meus cinco filhos: Caetano Neto nasceu em outubro de 56; Ana Cristina, em 58; Luiz Guilherme, em 61; Flávia, em 62, e Fernando, em 64.
Daqui pra lá, de lá pra cá
Após o nascimento dos dois primeiros, cheguei a morar na fazenda. Assim, meu marido ia para Guaxupé e voltava, todos os dias. Quando a escola da Divisa passou para o Estado, em 1962, voltei a lecionar lá, onde fiquei outros nove anos. Neto, meu filho, foi alfabetizado por mim, na fazenda. O primário, na zona rural, tinha somente até o 3º ano. O último acontecia na cidade.
Quando voltamos a morar em Guaxupé, retomei o percurso diário até a fazenda. Uma vez, três alunos meus fizeram bonito no 4º ano, em Tapiratiba. Os professores ficaram impressionados com as composições deles e me perguntaram o que eu fazia para conseguir um resultado tão bom. Disse que preparava com muito zelo as aulas de redação. Cheguei a dar aulas para os professores, que me pediram para ensinar meu método a eles.
Quando a escola na Divisa fechou, fui transferida para o Grupo Escolar da Limeira, fazenda vizinha à nossa, onde lecionei para o 3º e 4º anos, até minha aposentadoria.
Certa vez, recebemos a visita surpresa do inspetor de ensino, Oscar Leonhardt. Eu havia liberado todos os alunos do 4º ano para apanharem goiaba, com a servente da cantina e outros professores. Fiquei temerosa, achando que levaria a maior bronca por não termos informado a sede em Tapiratiba.
Mas, no final da visita, ele escreveu um relatório elogioso da minha turma, pois entendeu nossa preocupação com o bem-estar das crianças. As goiabas seriam utilizadas para fazer um doce que enriqueceria, ainda mais, a merenda escolar. Fizemos questão que ele levasse uma cesta cheia de goiabas.
Em 1970, fiz Pedagogia na faculdade de Guaxupé. Caetaninho não queria que eu estudasse à noite, de jeito nenhum. Só concordou porque Marisa, esposa do irmão dele, Mário, também foi estudar comigo.
A partir da minha aposentadoria, em 1980, passei a me dedicar somente aos meus filhos. Os dois mais novos chegaram a me dar muita preocupação por motivos de saúde, mas, graças a Deus, tudo se resolveu bem.
Durante alguns anos, dei aulas de Catecismo na Catedral. Aqueles que moravam fora ou precisavam receber a comunhão ou crisma fora de época, tiveram aulas na minha casa.
Habitualmente, toda semana, assisto às missas, geralmente, na Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Aprendi a ter fé, esperança e caridade na vida religiosa, meus pais me educaram desta forma.
Minha mãe faleceu aos 99 anos e três meses. Faço questão de contar os meses porque, com a idade dela, um mês não era pouco. Ela não chegou a ficar doente, de cama, nem perdeu a lucidez. Em 96, meu marido faleceu. Em 2003, perdi duas netas, Ana Beatriz e Júlia, num acidente de carro. Atualmente, tenho seis netos, todos eles homens, me paparicam demais. Louvo a Deus e agradeço por tudo que tenho.”
Zélia gosta de estar com a família. Sempre viajou com o marido, levando os filhos à praia ou a piqueniques em Poços de Caldas. Aprendeu a pintar telas no colégio das freiras. A casa onde mora é decorada com muitas pinturas de sua autoria, feitas tempos atrás. Pretende retomar este hobbie, brevemente, com sua prima Any Ribeiro.
Fotos:
1) Zélia, em 2004, com filhos, genros, noras e netos.
2) Na colação de grau do ginasial do Colégio Imaculada Conceição, na Catedral, Zélia, na 1ª fileira, à esquerda.
3) Casamento na Igreja do Rosário: o pai, Caetano Dallora, a irmã, Lourdes, o cunhado, Osvaldo, e o noivo, Caetaninho; Zélia ladeada pela mãe e pelo irmão, Chiquinho.
4) Zélia entre os netos Paulo Caetano, Pedro Henrique, Júlia, Ana Beatriz, Caetano e o pequeno Mateus.
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