palmeira imperial

Durante quase cinquenta anos foi assim. Uma delas sempre esteve disfarçada entre suas semelhantes, talvez, ciente da própria vulnerabilidade que em vão teimava esconder. Chegou afinal o dia em que sairia de cena, não no anonimato, como seria do seu gosto, mas com o destaque de uma figura imperial. Enquanto pode, cumpriu com honra seu destino. Certamente, não foi dela que caiu a grande folha que amassou o teto de um carro, uma vez. Seria muita petulância para uma alma tão discreta. E se assim não fosse, assombro não deveria causar pequenos delitos em uma existência tão pacata.
Afinal, atire a primeira pedra quem nunca pecou...






Esta obra está sendo realizada, neste momento. A palmeira está sendo cortada em partes.

Como informei aqui, anteriormente, já estava programada pela Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente a retirada de uma das catorze palmeiras do entorno da futura câmara municipal de Guaxupé. Infelizmente, não se sabe o motivo, talvez pelos pregos deixados no seu tronco durante anos seguidos ou doença inerente às plantas, esta palmeira estava comprometida, nela não crescia mais folhas, como se estivesse atrofiada. Para arrancar as demais, somente mediante decreto do prefeito, pois são protegidas por Lei. Vida longa às 13 palmeiras restantes!