Cartão Postal
"Meu amor sem cor, velho postal, amor banal, sem nenhum, sem nenhum valor
Nessa noite meu pobre amor de papel esqueça a cor do anúncio lá do céu"
Esta música, cantada pelo Ney Matogrosso, é tudo de bom, emociona mesmo, "vai deixando minha parda voz parda voz parda voz de louca, louca, louca, louca, louca, louca muito louca".
Postais deixam a gente saudosista, até mesmo sem conhecer as paisagens que descortinam. Este tipo de mensagem remete à alguém querido que está longe. E há tempos em que cartões postais eram superiormente mais interessantes que e-mails, pois ainda nem havia este tipo de concorrência. Mas vamos lá, a vida continua e as mensagens pela internet também têm seu charme. Como tudo, desde que descubramos o ângulo certo... Afinal, na terrinha em que o censo informou não ter nem 50 mil habitantes, alguns fotógrafos aguardam sair do forno imagens já eternizadas na exposição Um novo olhar sobre a cidade e que agora viraram postais. Garanto que preencherei vários à mão, com especial emoção, e os encaminharei via correio, com um belo selo colado em seus traseiros, rs
Infelizmente a segunda Igreja Ortodoxa construída no Brasil (foto) não irá virar cartão postal. Marcos David optou pela imagem refletida da arquitetura guaxupeana. Reconheço que a opção foi boa. Mas meu coração queria homenagear o padre José Elias (meu bisavô), que deixou a família rumo ao desconhecido (costumes, língua e país), para fundar as bases religiosas de tantos imigrantes libaneses que fixaram residência na região de Guaxupé, também na época a segunda mais numerosa colônia desse povo no Brasil. Olha só como cheguei aqui.
(1-2 Scaff / 3- Cris Gazola / 4- Kbral / 5- Sheila / 6- Gusto / 7-8 Marcos David)
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