Liberdade de imprensa

O ombudsman da Folha de São Paulo, Mário Magalhães, escreveu na sua coluna de hoje sobre o atentado ao jornalista investigativo Amaury Ribeiro Jr., baleado em um bar no Entorno de Brasília, quando fazia uma série de reportagens sobre a relação da violência naquela região com o narcotráfico.
Agora à noite, no Fantástico, meus ouvidos captaram uma entrevista com o jornalista, filmado em uma cadeira de rodas. "Não vou mais continuar neste tema, já dei minha contribuição", afirmou Ribeiro Jr.
A liberdade de imprensa é constantemente ameaçada, posta em xeque, em casos como este. Magalhães relembrou o assassinato do jornalista americano Don Bolles, possivelmente pela máfia, quando investigava o crime organizado: "38 profissionais de 28 jornais e redes de TV se uniram no que seria conhecido como Projeto Arizona..." Esses profissionais deram continuidade ao trabalho iniciado pelo colega morto, com a clara mensagem de que a imprensa não pode ser calada por meio da violência. Ainda de acordo com o ombudsman, os participantes ganharam numerosos prêmios jornalísticos pela série de reportagens.
No caso de Brasília, se não houver investigação por parte da imprensa e das autoridades constituídas, penalizando os culpados, o sacrifício de Ribeiro Jr. será em vão. Pior, fatos como estes podem se tornar padrão e comprometer ainda mais a liberdade de imprensa. O acontecido foi noticiado por vários órgãos de comunicação, notas das entidades de classe, etc. Mas será preciso ir além das palavras, atitudes. Senão, tudo acabará em pizza, como sempre, cada vez mais dura de engolir.

Só pra descontrair, contraindo, contrariada:


Parabéns, Sonia Mara! Estou lendo "Aí vai meu coração", de Anna Luísa Martins. Me aguarde...

Comentários

Postagens mais visitadas