ao som dos tambores
Recebi este texto agora a pouco por e-mail. Não pretendia postar nada hoje, mas depois dessa leitura senti urgência em fazê-lo. Porque acredito nas palavras que a Tati escreveu com tanta garra; porque acredito que somente com amor e respeito ao próximo poderemos habitar um mundo mais justo; porque acho o povo negro lindo; porque sou agradecida a cada som que emana dos tambores, dançando sou feliz, sou bamba, sou viralatas do samba; porque sou contra qualquer tipo de escravidão; porque tenho vergonha pelos brancos que durante tanto tempo aceitaram essa barbaridade: com a abolição, todos nós fomos libertados.
Acordei ao som de um batuque que se misturava entre os ritmos do jongo, tambor, afoxé, maracatu, ciranda, maculelê, maxixe, milonga, zambê, choro, capoeira, samba... A batida entrelaçava meu coração e logo fui sentindo toda a magia que a sonoridade me trazia.
Despertei: Hoje é 13 de maio!
Para muitos, a simbologia da data e toda a energia carregada pelos tempos não enseja atenção, nem reflexão. Mas proponho exatamente o contrário.
Em 1888, num dia 13 de Maio, a Princesa Isabel assinava a Lei Áurea, que concedia liberdade aos escravos negros e mulatos, abolindo a escravidão no Brasil, totalmente viável e aceitável num contexto histórico carregado de desprezo, exploração e agressões (em todos os sentidos) que acarretaram num ciclo lamentável, porém digno de aprendizado.
Neste dia, o escravo negro teve sua liberdade declarada por uma intuída princesa, que pressentiu a importância e relevância do contexto evolutivo de um povo magnífico e glorioso, com seus destinos marcados pelo êxito e decadência.
Desde lá, comemora-se no Brasil o marco da luta e redenção de um povo, que ainda encontra-se em transformação objetivando a igualdade e ascensão em muitos setores da sociedade.
Carrego na minha ancestralidade, nos genes e na pele toda a negritude de um povo, bem como as virtudes de uma raça querida e gloriosa. Porém, não diferente, trago também as dores, os sofrimentos e os anseios de libertação desses grilhões e amarras gerados pela inconsciência, mas que tais experiências acarretaram em nossos destinos.
Diariamente sinto o batuque desta negritude no meu coração: ao olhar-me no espelho, em contato com minh’alma, no ar que respiro, nas árvores e plantas, no fogo, na terra de nossa ancestralidade, na música, na comida, no andar, no molejo que esta raça tão forte nos trouxe, transformando este País tão misturado e miscigenado. Mesmo que, muitas vezes, inconscientemente, seja esquecido pelo seu próprio povo e pela sociedade.
A palavra “áurea” também não foi utilizada ao léu. A palavra Áurea foi providencialmente divina naquele momento, pois aurum em latim significa “feito de ouro”, que também é aplicado nos termos “iluminado”, “resplandecente”, relegando a extraordinária resignação do nosso povo a um equívoco histórico e, especialmente, demonstrando o reconhecimento da magnitude do povo negro.
As crenças afro-brasileiras tratam esta data com carinho e atenção em seus sítios ou terreiros, comemorando e recebendo toda a energia dos pretos velhos, mostrando aos seres humanos que o sofrimento e a humilhação despertaram grandes mestres, e que pela força do amor, perdão, generosidade, compreensão do outro, emanam fluídos de transformação positiva, paz e cura.
No autoconhecimento que sigo, nesta data, os devas da cor de ébano emanam sabedoria, compaixão e, sobretudo, a força e o espírito combativo através das virtudes divinas, interligadas sempre ao Eu Real. Levam consigo os pedidos de seus filhos, especialmente de cura (físico, emocional, mental, financeiro, etc.) nas questões onde necessitamos de forças adicionais para o embate nos grandes desafios diários para o aprimoramento interior, pessoal e coletivo.
Com todo respeito, independente de cor, raça e religião, creio que todos, de alguma forma, buscam a liberdade, seja pelo modo de encarar a vida ou pelo despertar da consciência, mas todos querem liberdade e o êxito na jornada evolutiva.
Também creio que estes Grandes Seres Evolutivos, compassivos pela dor e pelo sofrimento de um povo, emanam a todos nós puro amor, cura e sabedoria para os desafios diários, e também, positivismo ao espírito de luta das nossas causas.
A energia que os seres de ébano nos trazem é de luz, amor, respeito, generosidade e, principalmente, o despertar para um novo modo de pensar, sentir, falar e agir, como se abandonássemos a escravidão de nosso elemental, da matéria e sua densidade, para ingressarmos nas virtudes reais de nosso espírito, buscando a evolução junto a eles.
Por isso, hoje, que nós sejamos nossos próprios príncipes ou princesas decretando o fim da nossa escravidão diante das amarras do materialismo, da inconsciência, do egocentrismo, do desamor, da desatenção, da incompreensão e pela falta de cultivo do superior divino.
Que nós possamos receber e refletir esta energia recebida por estes seres maravilhosos e, enfim, decretarmos a “lei áurea” de nosso espírito, para que o nosso Eu Verdadeiro possa se libertar das personalidades e egos e das armadilhas impostas pelos mesmos, para que a verdadeira ascensão e redenção sejam realizadas em sua plenitude.
Salve, Guerreiros!
Tatiana Abrão é advogada e colaboradora deste blog viralata.
Acordei ao som de um batuque que se misturava entre os ritmos do jongo, tambor, afoxé, maracatu, ciranda, maculelê, maxixe, milonga, zambê, choro, capoeira, samba... A batida entrelaçava meu coração e logo fui sentindo toda a magia que a sonoridade me trazia.
Despertei: Hoje é 13 de maio!
Para muitos, a simbologia da data e toda a energia carregada pelos tempos não enseja atenção, nem reflexão. Mas proponho exatamente o contrário.
Em 1888, num dia 13 de Maio, a Princesa Isabel assinava a Lei Áurea, que concedia liberdade aos escravos negros e mulatos, abolindo a escravidão no Brasil, totalmente viável e aceitável num contexto histórico carregado de desprezo, exploração e agressões (em todos os sentidos) que acarretaram num ciclo lamentável, porém digno de aprendizado.
Neste dia, o escravo negro teve sua liberdade declarada por uma intuída princesa, que pressentiu a importância e relevância do contexto evolutivo de um povo magnífico e glorioso, com seus destinos marcados pelo êxito e decadência.
Desde lá, comemora-se no Brasil o marco da luta e redenção de um povo, que ainda encontra-se em transformação objetivando a igualdade e ascensão em muitos setores da sociedade.
Carrego na minha ancestralidade, nos genes e na pele toda a negritude de um povo, bem como as virtudes de uma raça querida e gloriosa. Porém, não diferente, trago também as dores, os sofrimentos e os anseios de libertação desses grilhões e amarras gerados pela inconsciência, mas que tais experiências acarretaram em nossos destinos.
Diariamente sinto o batuque desta negritude no meu coração: ao olhar-me no espelho, em contato com minh’alma, no ar que respiro, nas árvores e plantas, no fogo, na terra de nossa ancestralidade, na música, na comida, no andar, no molejo que esta raça tão forte nos trouxe, transformando este País tão misturado e miscigenado. Mesmo que, muitas vezes, inconscientemente, seja esquecido pelo seu próprio povo e pela sociedade.
A palavra “áurea” também não foi utilizada ao léu. A palavra Áurea foi providencialmente divina naquele momento, pois aurum em latim significa “feito de ouro”, que também é aplicado nos termos “iluminado”, “resplandecente”, relegando a extraordinária resignação do nosso povo a um equívoco histórico e, especialmente, demonstrando o reconhecimento da magnitude do povo negro.
As crenças afro-brasileiras tratam esta data com carinho e atenção em seus sítios ou terreiros, comemorando e recebendo toda a energia dos pretos velhos, mostrando aos seres humanos que o sofrimento e a humilhação despertaram grandes mestres, e que pela força do amor, perdão, generosidade, compreensão do outro, emanam fluídos de transformação positiva, paz e cura.
No autoconhecimento que sigo, nesta data, os devas da cor de ébano emanam sabedoria, compaixão e, sobretudo, a força e o espírito combativo através das virtudes divinas, interligadas sempre ao Eu Real. Levam consigo os pedidos de seus filhos, especialmente de cura (físico, emocional, mental, financeiro, etc.) nas questões onde necessitamos de forças adicionais para o embate nos grandes desafios diários para o aprimoramento interior, pessoal e coletivo.
Com todo respeito, independente de cor, raça e religião, creio que todos, de alguma forma, buscam a liberdade, seja pelo modo de encarar a vida ou pelo despertar da consciência, mas todos querem liberdade e o êxito na jornada evolutiva.
Também creio que estes Grandes Seres Evolutivos, compassivos pela dor e pelo sofrimento de um povo, emanam a todos nós puro amor, cura e sabedoria para os desafios diários, e também, positivismo ao espírito de luta das nossas causas.
A energia que os seres de ébano nos trazem é de luz, amor, respeito, generosidade e, principalmente, o despertar para um novo modo de pensar, sentir, falar e agir, como se abandonássemos a escravidão de nosso elemental, da matéria e sua densidade, para ingressarmos nas virtudes reais de nosso espírito, buscando a evolução junto a eles.
Por isso, hoje, que nós sejamos nossos próprios príncipes ou princesas decretando o fim da nossa escravidão diante das amarras do materialismo, da inconsciência, do egocentrismo, do desamor, da desatenção, da incompreensão e pela falta de cultivo do superior divino.
Que nós possamos receber e refletir esta energia recebida por estes seres maravilhosos e, enfim, decretarmos a “lei áurea” de nosso espírito, para que o nosso Eu Verdadeiro possa se libertar das personalidades e egos e das armadilhas impostas pelos mesmos, para que a verdadeira ascensão e redenção sejam realizadas em sua plenitude.
Salve, Guerreiros!
Tatiana Abrão é advogada e colaboradora deste blog viralata.
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