um mix de literaturas
Nada melhor do que casa de avós para ouvir histórias interessantes. Na Casa da Vó Maria, durante a 2ª edição do Viralata Mix, dia 8, não poderia ter sido diferente. De manhã, a participação dos contadores de histórias do Instituto Elias José atraiu muitas crianças. No repertório, textos infantis do escritor Elias José e, também, uma pequena biblioteca ficou à disposição do público.
À tarde aconteceu apresentação do grupo de Hip Hop liderado pelo MC Juninho, cuja palavra falada também fornece material para uma literatura singular: “Muitas vezes o Hip Hop é marginalizado, mas meus alunos não usam drogas, através do Hip Hop eles saem da marginalidade.”
À noite, um show com os poetas Costa Senna, João Gomes de Sá e Daniella Almeida, que vieram de São Paulo para mostrar a arte da literatura de cordel - um tipo de poesia popular, originalmente oral e, depois, impressa em folhetos, originada em Portugal e muito difundida no nordeste brasileiro.
Esses poetas integram a Caravana do Cordel, composta por cordelistas, repentistas, xilógrafos, músicos, pesquisadores e entusiastas da poesia popular que fazem apresentações itinerantes pelo País e conferiram um brilho especial ao evento viralata. A Prefeitura, por meio do Depto. de Cultura, Esporte e Turismo, patrocinou a hospedagem da equipe.
Eles foram convidados por intermédio de Daniella Almeida, assessora de imprensa da Caravana. Em visita recente a Guaxupé, a jornalista conheceu e aprovou a proposta da Associação Artístico-cultural Viralatas do Samba, de valorização da cultura e arte populares. “Conhecer o lado alternativo do município, confesso, foi algo que me surpreendeu. Guaxupé é muito mais que sertanejo universitário. A cultura popular também se faz presente”, escreveu Daniella no seu blog (www.danialmeida.com).
A literatura de cordel não faz parte da cultura do município, poucos conhecem esse tipo de arte. Porém, em Guaranésia, onde João Gomes de Sá já realizou uma oficina sobre cordel, em 2008, foi criada uma cordelteca (biblioteca de cordel) no Espaço Máscaras Cultural.
Um bazar de diversidades
No bazar alternativo, nove expositores comercializaram desde caixas decorativas e bombons até roupas indianas e tatuagem. O cordel também mostrou seu lado comercial. A lojinha dos cordelistas estimulou o consumo de produtos diferenciados, como xilogravuras, poemas, livros e CDs de cordéis.
O livro recém-lançado “Alice no País das Maravilhas em Cordel” também esteve à venda. Nele, João Gomes mistura o universo do escritor britânico Lewis Carroll com características nordestinas. “Posso até dizer que o livro está sendo lançado em Guaxupé”, disse o autor.
O Viralata Mix comprovou ainda mais sua vocação para reunir diversidades. Enquanto acontecia uma roda de samba na garagem, discos antigos tocavam na vitrola de um dos quartos da casa. Nas paredes, poesias e pensamentos de escritores consagrados.
Essa junção de atividades aguçou a criatividade das crianças. Estimulados pela contadora de histórias Carolina Borges, do Instituto Elias José, e de Rodrigo Sá, da Rádio Comunitária, atores mirins realizaram apresentações teatrais com textos próprios, improvisados. Na garagem ou na cozinha, os jovens talentos ganharam a atenção dos adultos. E aplausos, claro.
Texto publicado no jornal Folha do Povo, de 15.05.10.
A Casa da Vó Maria no 2º Viralata Mix, apresentada pela jornalista Daniella Almeida, cearense de alma pernambucana radicada em São Paulo, responsável pela participação dos cordelistas no evento. Para conhecer melhor o trabalho dela, acesse:
http://danialmeida.com/2010/05/10/difundindo-o-cordel/
http://danialmeida.com
À tarde aconteceu apresentação do grupo de Hip Hop liderado pelo MC Juninho, cuja palavra falada também fornece material para uma literatura singular: “Muitas vezes o Hip Hop é marginalizado, mas meus alunos não usam drogas, através do Hip Hop eles saem da marginalidade.”
À noite, um show com os poetas Costa Senna, João Gomes de Sá e Daniella Almeida, que vieram de São Paulo para mostrar a arte da literatura de cordel - um tipo de poesia popular, originalmente oral e, depois, impressa em folhetos, originada em Portugal e muito difundida no nordeste brasileiro.
Esses poetas integram a Caravana do Cordel, composta por cordelistas, repentistas, xilógrafos, músicos, pesquisadores e entusiastas da poesia popular que fazem apresentações itinerantes pelo País e conferiram um brilho especial ao evento viralata. A Prefeitura, por meio do Depto. de Cultura, Esporte e Turismo, patrocinou a hospedagem da equipe.
Eles foram convidados por intermédio de Daniella Almeida, assessora de imprensa da Caravana. Em visita recente a Guaxupé, a jornalista conheceu e aprovou a proposta da Associação Artístico-cultural Viralatas do Samba, de valorização da cultura e arte populares. “Conhecer o lado alternativo do município, confesso, foi algo que me surpreendeu. Guaxupé é muito mais que sertanejo universitário. A cultura popular também se faz presente”, escreveu Daniella no seu blog (www.danialmeida.com).
A literatura de cordel não faz parte da cultura do município, poucos conhecem esse tipo de arte. Porém, em Guaranésia, onde João Gomes de Sá já realizou uma oficina sobre cordel, em 2008, foi criada uma cordelteca (biblioteca de cordel) no Espaço Máscaras Cultural.
Um bazar de diversidades
No bazar alternativo, nove expositores comercializaram desde caixas decorativas e bombons até roupas indianas e tatuagem. O cordel também mostrou seu lado comercial. A lojinha dos cordelistas estimulou o consumo de produtos diferenciados, como xilogravuras, poemas, livros e CDs de cordéis.
O livro recém-lançado “Alice no País das Maravilhas em Cordel” também esteve à venda. Nele, João Gomes mistura o universo do escritor britânico Lewis Carroll com características nordestinas. “Posso até dizer que o livro está sendo lançado em Guaxupé”, disse o autor.
O Viralata Mix comprovou ainda mais sua vocação para reunir diversidades. Enquanto acontecia uma roda de samba na garagem, discos antigos tocavam na vitrola de um dos quartos da casa. Nas paredes, poesias e pensamentos de escritores consagrados.
Essa junção de atividades aguçou a criatividade das crianças. Estimulados pela contadora de histórias Carolina Borges, do Instituto Elias José, e de Rodrigo Sá, da Rádio Comunitária, atores mirins realizaram apresentações teatrais com textos próprios, improvisados. Na garagem ou na cozinha, os jovens talentos ganharam a atenção dos adultos. E aplausos, claro.
Texto publicado no jornal Folha do Povo, de 15.05.10.
A Casa da Vó Maria no 2º Viralata Mix, apresentada pela jornalista Daniella Almeida, cearense de alma pernambucana radicada em São Paulo, responsável pela participação dos cordelistas no evento. Para conhecer melhor o trabalho dela, acesse:
http://danialmeida.com/2010/05/10/difundindo-o-cordel/
http://danialmeida.com
notas
Mila Russo Calil e Vivian Senne patrocinaram as camisetas do grupo de Hip Hop liderado por Juninho.
Vanessa Marques, diretora da Associação Viralatas do Samba, aproveitou a ocasião para comemorar seu aniversário ao lado do pai e do filho, José, e dos amigos.
No Correio Sudoeste deste final de semana, o jornalista Silvio Reis publicou um texto com mais informações sobre Cordel e o Viralata Mix 2.
Foi cancelado o show do Zeca Pagodinho, que aconteceria dia 22, no Poliesportivo de Guaxupé.
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