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Hoje acontece a 2ª apresentação da peça Genaro e Dora, no Teatro Municipal de Guaxupé, às 20h30, encerrando os quinze dias de atividades do Festival Tramas & Dramas. Estive na estreia, ontem. Com duas horas de encenação (e não três como escrevi anteriormente), o texto adaptado do conto homônimo de Carolina Borges prende a atenção dos espectadores pelas sutileza e sensibilidade presentes no encontro de Genaro (Ernani Sastre), um viúvo solitário, com Dora (Arlete Mendes), uma senhora apaixonada por Frida Kahlo e histórias de amor. O único incômodo é o ritmo lento, que reforça o andamento do tempo dos personagens, mas chega a cansar um pouco. Não o suficiente para deixar de apreciar a trilha sonora, com músicas de Rodrigo Sá (Dona Urtiga), entremeadas por um ou dois tangos, e executadas ao vivo, embora os músicos fiquem atrás das cortinas. Também merece destaque o talento natural do jovem ator Felipe Alves (Sushi), espécie de observador onipresente que sutilmente interfere na vida dos demais personagens.

É muito bom aplaudir gente da terrinha, que mesmo sem apoio adequado consegue emocionar e fazer da arte um instrumento de transformação. O ingresso a Genaro e Dora é apenas R$ 5,00, metade do valor cobrado pelas peças que vêm de fora dentro do projeto Todo Mundo no Teatro, da Secretaria de Cultura. É importante prestigiar e valorizar o grupo Tramas e Dramas por este trabalho, que embora amador, tem competência para alçar voos maiores. Senti falta do aviso, antes de iniciar a peça, pedindo para o público desligar o celular e não utilizar câmeras com flash, como é habitual neste tipo de evento.

O espetáculo Genaro e Dora tem a direção de Vanessa Marques, com a colaboração do ator guaxupeano (e agora global) Eucir de Souza. Parabéns a todos. Em tempo: muito legal o texto conter citações sobre Guaxupé e o cenário, ao fundo, obra do guaxupeano Henry Vítor.







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