animais abandonados (o retorno)

Como este tema é recorrente e, até o presente momento, sem solução adequada, já virou filme. Espero, do fundo do coração, que com final feliz. O prefeito Roberto Luciano fez reunião com seus assessores (texto abaixo) exigindo providências em relação aos animais abandonados na cidade (na zona rural o problema é bastante grave, também). Se acontecessem tragédias por aqui, como no Japão, Santa Catarina ou região serrana do Rio, provavelmente, seria o caos, mesmo com a existência de uma Defesa Civil. Uma cidade de 50 mil habitantes que não consegue resolver a questão dos animais abandonados é porque falta uma política específica a esta finalidade. E boa vontade. Infelizmente, muitas pessoas fazem pouco caso do tema, inclusive, autoridades.

Por volta de 2005, quando eu participava da Guaxu SOS Animal, ficamos responsáveis pelo Canil Municipal. A prefeitura recolhia os cães da rua e a Guaxu alimentava e fornecia assistência veterinária. Bem, este assunto já foi falado em postagens antigas. Mas é importante relembrar para não esquecer. Os cavalos apreendidos eram deixados no canil apenas com água e o mato natural. Como era época de seca, nós copramos, várias vezes, ração para alimentá-los. Um burrico machucado foi deixado à espera de sacrifício. Com a ajuda de duas voluntárias, conseguimos restabelecer a saúde do animal que vive, atualmente, no sítio de uma ex-diretora da Guaxu.

Moral da história: este tema é delicado e qualquer providência a ser tomada merece atenção, para não recair em erros antigos. Um promotor (que já não está mais por aqui) proibiu a Prefeitura de gastar dinheiro com comida para animais apreendidos. Sendo assim, as apreensões também deveriam ser proibidas, correto? Quais as providências que serão tomadas? Os animais serão sacrificados após três dias, caso ninguém assuma sua posse? É desumano aceitar que animais saudáveis sejam mortos porque seus donos não são responsáveis. Estes, sim, merecem ser penalizados. Por outro lado, se é imposta uma multa alta, o proprietário não reclama a posse. Mais uma vez, o animal sai em desvantagem.

É preciso pensar com muito cuidado nas tais providências imediatas. Na foto da reunião não se vê pessoas comprometidas com a causa e com experiência no assunto. Sabe-se que a verba de 45 mil/ano à Guaxu SOS não será mantida (o motivo deste corte foi anunciado nos meios de comunicação da cidade?). O Instituto Federal de Muzambinho - IFET tem um projeto muito interessante para os municípios começarem a mudar esse cenário de descaso com os animais, já apresentada aos prefeitos da AMOG. Uma parceria pode ser muito bem-vinda. Aproveitando, ainda, a experiência adquirida por todos que passaram pela associação protetora dos animais nesses onze anos de existência e atuação positiva em prol da causa. Tanto que a Guaxu SOS conseguiu se tornar utilidade pública. Não devemos voltar à estaca zero. Ou devemos?

(Tenho um amigo que explica, escrever na internet é muito melhor, pois a qualquer momento podemos corrigir erros. Fábio Tomaz, antigo funcionário da Vigilância, da época em que Tadeu Silva foi diretor de Saúde, voltou, novamente, para seu antigo cargo. Ele aparece na foto, à esquerda do Prefeito. Quanto ao projeto de Proteção Animal do IFET, há controvérsias sobre ele. Quanto à verba da Prefeitura repassada à associação, o convênio deverá ser mantido, enquanto não houver irregularidades. Importante DIVULGAR AMPLAMENTE o que os cidadãos de boa fé devem fazer quando encontram nas ruas filhotes abandonados e cães machucados ou doentes. Segundo consta, a Guaxu SOS não pode ajudar nestas situações, muito menos, nos domingos e feriados)


Prefeito exige providências imediatas em relação aos animais soltos na cidade

Na tarde desta quinta-feira o Prefeito Roberto Luciano reuniu uma força tarefa para resolver o problema dos animais soltos em vias públicas. Servidores da Vigilância em Saúde, Secretaria de Obras, de Administração, de Assuntos Jurídicos e de Saúde vão concentrar esforços para oferecer uma solução, não para o prefeito, mas para a população.
O prefeito foi taxativo e exigiu a tomada imediata de providências para resolver de uma vez por todas esse tipo de situação.
Além de cães abandonados que andam livremente pelas ruas da cidade, animais de grande porte como vacas e cavalos costumam ficar soltos. A administração pública está assumindo a responsabilidade e definindo um plano de ação. Mas cabe à população também participar dessa força tarefa. É fundamental que quem escolhe ter um cachorro entenda que esse é um compromisso que não dá pra mudar de ideia no meio do caminho e simplesmente abandonar o cão, é necessário que se tenha a chamada posse responsável. As pessoas que criam seu gado ou cavalos em áreas dentro da zona urbana também precisam adotar medidas imediatas para evitar a fuga desses animais.
Aliás, no caso de animais de grande porte as medidas serão contundentes e não haverá a mínima condescendência com quem desrespeitar a lei e insistir em colocar vidas em risco. Ministério Público, Juízes e Polícia Militar. Todos serão parte dessa força conjunta e assim, acionados para que as medidas judiciais possam ser tomadas quando necessárias.
Todos estão comprometidos e empenhados no sucesso dessa ação. Vale o mesmo empenho de toda a população.


(texto e foto encaminhado pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura)

Estes dois filhotes foram abandonados numa praça e estão sob custódia provisória na MinasVet (Fone: 3551-7455), aguardando adoção. Um macho e uma fêmea, pretos, de lindos olhos azuis. Um bom conselho para quem adota, principalmente, uma gata, é fazer a castração do bichano por volta dos seis meses de vida. Ao contrário do que muitos pensam, o animal castrado tem vida mais longa do que os não-castrados. Informe-se nas clínicas veterinárias.


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