político cabacin

Não tenho preconceitos contra o treze, mas não dá pra esquecer do estigma de azarão associado a esse número quando se relaciona aos vereadores da Câmara Municipal de Guaxupé: "Esta casa comporta este número." Como já escrevi anteriormente, nossos edis votaram na última sessão pelo aumento de vereadores, de dez para treze, com 7 votos a favor (Nico - presidente, Pica-pau, Sérgio Faria, Didinho, Levi, Miguel Stampone e Jorginho - não estou certa da presença deste último), 02 contrários (Ari Cardoso e Tânia Rolim) e 01 ausente (Mauri Palos).
De acordo com depoimento da vereadora Tânia, publicado no jornal Folha do Povo, de 27.08, três novos vereadores deverão gerar um gasto a mais de, no mínimo, dois milhões de reais durante os quatro anos de legislatura.

Realmente, treze vereadores legislando em favor da população guaxupeana deveria ser melhor que dez. Infelizmente, como escrito no editorial do referido jornal, "há muito trabalho importante para ser feito pelos vereadores, porém a prioridade para o que não tem relevância ajuda a consolidar o desprestígio e a baixa credibilidade da câmara." Não foi um bom momento para pular de dez para treze.

Por este motivo, convoco à tribuna popular o "político cabacin":

Já que a reforma política não acontece e na dúvida sobre a eficácia do Ficha Limpa, vamos renovar o congresso brasileiro à nossa moda. Mais ou menos há trinta anos, os meninos costumavam dizer “Caba não, mundão, cabacin que é bão” (tradução: acaba não, vasto mundo, as mulheres virgens são as melhores), ou seja, cabacinho, na linguagem popular, é sinônimo de hímen, que representa a virgindade e pureza da mulher.

Obviamente, hoje em dia, este termo não só caiu em desuso bem como sua própria existência. Os homens preferem mulheres com experiência e o hímen acabou se tornando um incômodo. Cabacin deixou de ser bão.

Mas na política, após 410 deputados votarem a favor das alterações no Código Florestal propostas por Aldo Rebelo (apenas 63 votaram contra), sem levar em conta a manifestação contrária da Academia Brasileira de Ciências (ABC) em conjunto com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entre outras ações vergonhosas (como mostra o CQC, toda segunda, na Band), está na hora de os eleitores tomarem uma atitude.

Reforma política, já: Político bão é cabacin! Vamos eleger pessoas comprometidas com as causas que acreditamos e convencer outras pessoas a fazerem o mesmo. Antes de defender qualquer proposta, informe-se melhor sobre ela, observe todos os ângulos e ouça todas as partes envolvidas. Comecemos por nossas cidades (vou tentar fazer o mesmo).

Em Guaxupé (MG), por exemplo, os vereadores e prefeitura estão investindo dinheiro público numa reforma questionável do prédio do antigo fórum, tombado pelo patrimônio histórico, sendo que a sede atual, construída com a finalidade específica de abrigar a câmara municipal, equipada com elevador e infraestrutura adequada, foi inaugurada cerca de oito anos atrás.

O dinheiro dos impostos que o povo paga com o suor do seu trabalho deve ser investido pensando no bem-estar comum, não somente no interesse de alguns.

Político cabacin, já!


Na realidade, criei esta página no Facebook por brincadeira, acho o termo cabacinho muito chulo e idiota, apenas quis incitar alguma reação dos eleitores. Não tenho nada pessoal contra os políticos "de carteirinha", muitos são bem intencionados, até. O sistema político é que está errado, entre tantas mazelas do nosso País. É quase impossível ser bom dentro de um contexto que estimula o contrário.

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